quarta-feira, 31 de março de 2010

INÍCIO DA SEMANA SANTA DE 2010
MISSA DO DOMINGO DE RAMOS
28 DE MARÇO DE 2010
CELEBRANTE: PE. BONFIM JAIME DE MATOS
ADMINISTRADOR PAROQUIAL DE PIQUET CARNEIRO

FIÉIS LOTAM O PATAMAR DA IGREJA MATRIZ - MISSA DO DOMINGO DE RAMOS



MULTIDÃO DE FIÉIS CATÓLICOS PARTICIPAL DA MISSA DO DOMINGO DE RAMOS



O POVO CELEBRANDO SUA FÉ!


FOTOS, LEGENDAS E POSTAGEM:

OSMAR LUCENA FILHO



PARÓQUIA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
DIOCESE DE IGUATU - CE
PIQUET CARNEIRO - CE

ABERTURA DA SEMANA SANTA DE 2010
DOMINGO DE RAMOS, 28 DE MARÇO DE 2010
ATO RELIGIOSO PRESIDIDO PELO PE. BONFIM JAIME DE MATOS, ADMINISTRADOR PAROQUIAL DE PIQUET CARNEIRO.
Agefran procedendo à leitura

Caio, Francisca Magalhães e Lucas
(Equipe de Liturgia)

FOTO, TEXTO E POSTAGEM:
Osmar Lucena Filho




PARÓQUIA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
DIOCESE DE IGUATU - CE
PIQUET CARNEIRO - CE

ABERTURA DA SEMANA SANTA DE 2010
DOMINGO DE RAMOS, 28 DE MARÇO DE 2010
ATO RELIGIOSO PRESIDIDO PELO PE. BONFIM JAIME DE MATOS, ADMINISTRADOR PAROQUIAL DE PIQUET CARNEIRO.








PARÓQUIA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
DIOCESE DE IGUATU - CE
PIQUET CARNEIRO - CE
ABERTURA DA SEMANA SANTA DE 2010
DOMINGO DE RAMOS, 28 DE MARÇO DE 2010
ATO RELIGIOSO PRESIDIDO PELO PE. BONFIM JAIME DE MATOS, ADMINISTRADOR PAROQUIAL DE PIQUET CARNEIRO.



FIÉIS LOTARAM O ADRO DA IGREJA MATRIZ PARA PARTICIPAR DA MISSA DO DOMINGO DE RAMOS.

ABERTURA DA SEMANA SANTA
DOMINGO DE RAMOS, 28 DE MARÇO DE 2010

À imitação dos 'Filhos dos Hebreus', que saudaram Jesus, às portas da Cidade Santa, Jerusalém, munidos de ramos de oliveira e entoando-lhe hinos de hosana, os piquet carneirenses se concentraram nas adjacências da Praça Dom Antônio de Almeida Lustosa, para celebrar o início da Semana Santa do Ano do Senhor de 2010, mediante a bênção, a procissão e a "Missa de Ramos".
A presidência do ato litúrgico coube ao Pe. Bonfim Jaime, que, desde janeiro de 2010 vem exercendo a função de administrador paroqual de Piquet Carneiro.
Também ele, Pe. Bonfim Jaime, imitando o gesto de Jesus, fez o percurso da procissão, montado "num jumentinho". (Cf. Evangelho do Domingo de Ramos).



UM TEXTO E POSTAGEM:
Osmar Lucena Filho


BENTO XVI - 5º ANO DE SUA ELEVAÇÃO AO SUPREMO PONTIFICADO
Texto: Osmar Lucena Filho

Ainda ressoam bem vivas, na mente de muitos católicos, as palavras com que Sua Eminência, o Cardeal Jorge Arthur Medina Estevez, de origem espanhola, então protodiácono do Sacro Colégio Cardinalício, ao cair da tarde de 19 de abril de 2005, ao assomar à sacada central da Basílica de São Pedro, anunciou, "Urbi et Orbi", isto é, à cidade de Roma e ao mundo inteiro, a eleição do 265º Papa da História da Igreja Católica. Conforme antigo costume, que remonta à época anterior ao pontificado de Inocêncio VIII ( papa de 1484 a 1492), este anúncio deu-se na língua oficial da Igreja, ou seja, em latim, e se fez ouvir nestes termos: "Annuntio vobis gaudium magnum: habemus Papam! Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum, Dominum Josephum Sanctae Romanae Ecclesiae Cardinalem Ratzinger qui sibi nomen imposuit Benedictum XVI". (Anuncio-vos uma grande alegria: temos Papa! O mais eminente e o mais reverente Senhor... Senhor Joseph, Cardeal da Santa Igreja Romana, Ratzinger, que atribuiu a si mesmo o nome de Bento XVI).
A partir de então, o timão da Barca de São Pedro passara aos cuidados pastorais do cardeal alemão, que havia sido um grande colaborador e amigo próximo do papa falecera alguns dias antes: João Paulo II.
265 papas! É a marcha da Igreja: invencível e perpétua, pois seu projeto é divino. O próprio Cristo a Pedro, o primeiro pontífice, já assegurara: "Tu és PEDRO, e sobre esta PEDRA constituirei a MINHA IGREJA". E acrescentou, para a tranquilidade do Apóstolo: "As potências do inferno não terão poder sobre ela".
A História, de fato, no-lo atesta: impérios ruíram, formas e sistema de governos se foram; o "papado", contudo, permanece de pé, firme e inabalável, até mesmo quando a nau de Pedro está a singrar por mares agitados, como os dos tempos atuais.
Todos os homens que foram elevados ao ofício do supremo apostolado (o papado) souberam preservar e, por extensão dos fatos, manter intacto, o chamado "depositum fidei" ( o depósito da Fé), herança recebida dos Apostólos.
Agora - e, na verdade, já faz cinco anos! - para gáudio da catolicidade, quem está sentado no "Trono" mais excelso do planeta, é o Papa Bento XVI: o "sacerdos magnum", o teólogo renomado, o eminente e culto professor, o escritor poliglota.
Na pluralidade de idiomas, de que ele é conhecedor, sobressai uma só mensagem, mas a principal, que, de resto, é a missão de todo papa, a missão de todo cristão, de todo batizado: anunciar ao homens que DEUS CARITAS EST !

terça-feira, 16 de março de 2010

AQUI, APRESENTAMOS A TRADUÇÃO DA BULA "IN APOSTOLICIS", DO PAPA JOÃO XXIII (FOTO), PELA QUAL A DIOCESE DE IGAUTU FOI ERIGIDA. O TEXTO ESTÁ CONFORME AO QUE CONSTA DO LIVRO QUE REÚNE AS "MONOGRAFIAS" DO MONS. FRANCISCO DE ASSIS COUTO (* 1919 + 1979), ANTIGO VIGÁRIO GERAL DA DIOCESE DE IGUATU.
João Servo, Servo dos Servos de Deus, Ad Perpetuam Memoriam.
Entre as atribuições de apostólicas de nosso múnus, encontra-se a de providenciar a criação de assembléias cristãs e de determinar os limites das Igrejas,como julgamos melhor, tendo, em vista, a mas conveniente difusão da semente evangélica e o melhor rendimento dos frutos da suprema caridade. Por isto, em razão do pedido do venerável Irmão Armando Lombardi, arcebispo Titular de Cessaré de Felipe e Núncio Apostólico do Brasil, para criar nova Diocese, ali, e assim mais suficientemente prover as necessidade daquela região. Nós tendo ouvido ante o parecer dos Veneráveis Irmãos, Bispos da Província Eclesiásticos de Fortaleza, e sobretudo , o venerável Irmão Antônio de Almeida Lustosa , Metropolita da mesma Província; considerando bem o assunto e pedido o parecer dos Nossos veneráveis Irmãos, os Cardeais, que presidem aos assuntos consistorais, suprindo o consentimento daqueles, que possam ter algum direito sobre o assunto, julgamos dever aceitar o pedido e com Nosso Poder Apostólico, Decretamos e Ordenamos o seguinte:
Da Arquidiocese de Fortaleza, desmembramos os territórios dos Municípios, que, vulgarmente, se chamam: Milhã, Mombaça, Pedra Branca, Piquet Carneiro, Senador Pompeu, Solonópole. Igualmente, desmembramos da Diocese de Crato, os territórios dos Municípios, que se chamam: Acopiara, Arneiroz, Aiuaba, Cariús, Catarina, Cedro, Cococi, Icó, Iguatu, Jucás, Orós, Parambu, Saboeiro, Tauá. E de todos estes Municipios, conforme se limitam, atualmente, pela lei civil, fundamos a Nova Diocese, que se chamará “De Iguatu” ou “Iguatuvina”, circunscrita aos mesmos limites dos Municípios, de que consta. A Sede da Nova Diocese será a Cidade de Iguatu, onde o Bispo estabelecerá sua Sede, colocando a Cátedra do sagrado ministério, na Igreja Curial, que ali se encontra, dedicada a Deus, em honra de Santa Ana, Mãe da Bem-aventurada Virgem Maria, o qual templo elevamos à dignidade de Igreja-Catedral, com os direitos, honras e privilégios próprios. Conferimos ao Bispo os mesmos direitos, impondo-lhe as convenientes obrigações, entre as quais, parece bem lembrar que é, juntamente com a sua Igreja, Sufragâneo do Metropólita Arcebispo de Fortaleza. Queremos que se institua o Colégio dos Cônegos, segundo as normas de outro documento a ser publicado. Mas, se imediatamente, não for possível, escolham-se os Consultores Diocesanos, de acordo com o Direito Canônico, os quais ajudam ao Bispo, nas deliberações e nos trabalhos. A mesa episcopal será constituída pelos emolumentos da Cúria, pelas esmolas oferecidas, espontaneamente, pelos fiéis e pela parte dos bens, que, segundo o Canon 1500 do Direito, compete à Diocese de Iguatu, desmembrada da Arquidiocese de Fortaleza e da Diocese de Crato. Os Sacerdotes, que, na data de vigoração destas letras, tem na Diocese de Iguatu, ofício ou benefício, se considerem, incardinados na mesma Diocese. Os demais Clérigos, porém, àquela, em que tenham legítimo domicílio. No que respeita ao governo e administração, à eleição do Vigário Capitular “Sede Vacante” e semelhantes, ordena-se que se observe o prescrito pelo Código de Direito Canônico.
Queremos, também, que o Ordinário de Iguatu funde na sua Diocese, ao menos, o Seminário Menor, para receber os meninos, que são chamados à herança do Senhor, de acordo com o Direito e as normas da Sagrada Consagração dos Seminários e Universidades dos Estudos. Dele, sejam enviados a Roma, jovens escolhidos, para cursar as Disciplinas Filosóficas e Teológicas, no Pontifício Colégio Pio Brasileiro. Finalmente, atas e documentos que, de qualquer modo pertençam à nova Diocese, sejam enviados para a sua Cúria Episcopal e, aí, sejam religiosamente conservados em arquivo. Além disto, cuidará de executar estas nossas letras, o Venerável Irmão Armando Lombardi, por si ou por outrem, concedidas as necessárias faculdades. Realizado o ato, mandará lavrar documentos, dos quais enviará copias autênticas para a Sagrada Congregação Consistorial. Se acontecer que, neste tempo, seja outro, o Núncio Apostólico, nos Estados Unidos do Brasil, este executará todo o nosso mandato.
Queremos que estas letras, agora e para o futuro sejam eficazes, de tal modo que o que é por elas ordenado seja religiosamente observado por aqueles a quem dizem respeito e assim obtenham sua força. Nenhuma determinação contrária de qualquer espécie poderá opor-se à eficácia destas letras, uma vez que, por meio destas, derogamos a todas. Por isto, se alguém, revestido de qualquer autoridade, ciente ou inconscientemente, agir conta o que determinamos, ordenamos que seja tido por nulo e írrito. A ninguém seja permitido alterar ou rasgar este documento de nossa vontade. Mas, aos exemplares ou trechos destas, impressos ou manuscritos, que tragam o selo de alguém constituído em dignidade eclesiástica e, ao mesmo tempo, assinados por um notário público, deve ser dada a mesma fé, que se prestaria a estas, se fossem apresentadas. Se alguém desprezar ou de qualquer modo recusar estas nossas determinações, em geral, saiba que incorrerá nas penas estatuídas contra os que executam os mandatos dos Sumos Pontífices. Dado em Roma, no dia 28 de janeiro do Ano do Senhor de 1961, Terceiro do Nosso Pontificado, do feliz transcurso.

Tiago Aloísio, Cardeal Copello, Chanceler.
Alberto Serafini – Protonotário Apostólico.
Cesar Freederico – Protonotário Apostólico.

quarta-feira, 10 de março de 2010

HISTÓRIA DA IGREJA - 2
ELEIÇÃO DO PAPA BENTO XV (1914)

Eis como a Revista MENSAGEIRO DO CORAÇÃO DE JESUS, edição de outubro de 1914, registrou a eleição do Papa Bento XV:
"Glória a Deus, paz aos homens de bôa vontade"
"São a expressão dos sentimentos que me vão n´alma, queridos leitores, ao dar-vos a alviçareira notícia da eleição do Nosso Santo Padre o Papa BENTO XV ao Summo Pontificado da Egreja Romana.
Pio X - o santo, o glorioso Pontífice que por 10 annos sempre triumphante governara a Egreja no meio de pelejas e tempestades, ao desencadear-se da immensa proccela ameaçadora do descalabro social e portadora de morte a todos os recantos da humanidade, elevara a sua auctorizada voz a implorar, qual meigo pacificador, para a sociedade, sorte melhor e mais fortunados dias; mas não foram ouvidos os seus votos, não foram escutados os seus conselhos. Qual pae carinhoso, a quem não soffre o coração a presenciar a desgraça dos filhos que tanto amava, como outro Agostinho, ao ver imminente a dispersão da grei querida, offerece-se a Deus como victima de propiciação, e vae receber na visão beatífica a exaudição das suas preces, a recompensa dos seus trabalhos.
Privada de Pastor, a Egreja santa implora de Deus a protecção, bate às portas da misericordia e, constante, confia na palavra divina do seu Fundador "ecce ego vobiscum sum usque ad consummationem saeculi", e emquanto os olhares do Universo se fitam na Augusta Assembleia dos Cardeaes reunidos no Vaticano, a luz do Espírito Santo baixa a illuminar os augustos varões que devotamente imploram a sua assistência; e do voto secreto e consciencioso do Sagrado Collegio, sahe escolhido pela providencia, nas circumstancias mais espinhosas, no tempo mais difícil, no mar mais borrascoso e tempestuoso da sociedade, o Eminentíssimo Senhor Cardeal Thiago Della Chiesa - Arcebispo de Bolonha, que tomou o nome de Bento XV, no dia 3 de setembro do corrente ano. Veio essa eleição confirmar uma vez mais a indefectibilidade da Egreja Catholica: Tu es Petrus et super hanc petram aedificabo Ecclesiam meam, et portae inferi non praevalebunt adversus eam."
Observação: Este artigo foi por mim digitado, com base na escrita original, isto é, segundo as normas ortográficas de setembro de 1914, tal e qual o publicou a revista MENSAGEIRO DO CORAÇÃO DE JESUS, daquele mesmo mês.
ACERVO: OSMAR LUCENA FILHO

HISTÓRIA DA IGREJA - 1
MORTE E EXÉQUIAS DO PAPA BENTO XV (VER FOTO ABAIXO) REALIZADAS NO VATICANO, ENTRE 22 E 26 DE JANEIRO DE 1922.
BENTO XV GOVERNOU A SANTA IGREJA, DE 3 DE SETEMBRO DE 1914 ATÉ SUA MORTE, OCORRIDA NA MANHÃ DE 22 DE JANEIRO DE 1922.



O TEXTO A SEGUIR, ESCRITO EM JANEIRO DE 1922, FOI PUBLICADO NA REVISTA MENSAGEIRO DO CORAÇÃO DE JESUS, EDIÇÃO DE FEVEREIRO DE 1922.

TRATA-SE DE UM RARO E PRECIOSO ARTIGO SOBRE A MORTE E, POR CONSEGUINTE, SOBRE AS SOLENES EXÉQUIAS DO PAPA BENTO XV, FALECIDO EM 22 DE JANEIRO DE 1922.
IMPORTANTE:
PRESERVEI A "GRAFIA ORIGINAL", PARA PLENO EFEITO DE HISTÓRIA:
"ROMA - O luto mais grave e imprevisto acaba de envolver o mundo cathólico: o S. Padre, o Papa Bento XV morreu inesperadamente pelas 6 horas da manhã do dia 22 de janeiro, com apenas 67 annos e mezes de edade e 7 de um pontificado dos mais agitados e dos mais gloriosos.
Breve em tudo foi a moléstia que no-lo roubou: uma influenza pneumonica, que nos eu período alarmante não se prolongou além de quatro ou cinco dias apenas. Por isso o assombro foi geral, e a ferida no coração dos filhos mais profunda e sensível, tendo chegado a notícia da perda irreparável quando mal se começava a rezar pela conservação da vida preciosa do Pae amado de todos os infelizes, do grande Pontífice da paz e da reconciliação dos povos. Foi esta a empresa que lhe absorveu todas as energias nos annos do seu governo, esta a aspiração e a preocupação até dos últimos instantes de sua preciosa existência. Pois enquanto resignado no leito de seus soffrimentos, dizia: Se o bom Deus julga acabada a minha missão neste mundo, seja feita a sua vontade - acrescentava logo em seguida que, se tinha algum pezar, era o de lhe não ser permittido ver realizado o seu sonho mais querido: a reconciliação da Santa Sé com a Itália e a pacificação geral de todo o mundo. E com voz débil e commovida: Deixo, dizia, deixo este encargo ao meu sucessor, e estou convencido de que com o auxílio de Deus se sahirá bem nesta empresa. E de paz e reconciliação falou até o ponto de perder os sentidos e o cohecimento, tendo sido as últimas palavras que pronunciou, as seguintes, que bem resumem todo o espírito que animou a sua acção como Pontífice: Eu daria muito de boamente a vida pela pacificação do mundo.
Bento XV foi para todos os povos um pae amoroso, remediando, attenuando os sofrimentos por meio de agentes enviados a toda a parte, fazendo appelo à clemência dos vencedores, e solicitando a generosidade dos ricos e dos neutros.
Todos conhecem essa prodigalidade da acção de caridade do saudoso pontífice. Todos admiram a sua imparcialidade e justiça, distribuindo os socorros sem accepção de nacionalidade nem de religião. Do reconhecimento dos beneficiados, é uma prova a estátua d´elle, que se inaugurou a 11 do passado mez de dezembro em Constantinopla, na Cathedral Franceza.
Esta estátua foi paga por uma subscripção exclusiva dos mahometanos, em gratidão das demonstrações de caridade do Papa em favor dos turcos, e à sua inauguração presidiu Abdul Mudigd, herdeiro do throno da Turquia e do Kalifado.
Sua habilidade, sua mansidão, sua indulgente caridade no julgamento dos actos humanos e dos erros dos governos, sem todavia transigir com os princípios eternos da revelação, granjeou-lhe sympathias, favorecidas aliás pela experiência das ilusões dos adversários da Egreja.
Assim, nunca foi maior o prestígio da Santa Sé em todo o mundo.
Graças à sua ação política estão acreditados junto ao Vaticano os embaixadores de 32 povos, sendo alguns de heréticos e pagãos.
Entre elles notam-se os da Suissa, da França e de Portugal que tinham rompido relações com o Papa.
A expansão do Catholicismo em todo o mundo é demonstrada pela creação de sete arcebispados, vinte e um bispados, nove delegações apostólicas, creados nos sete annos do pontificado de Bento XV.
Dessas últimas instituições, algumas foram requeridas pela acção conciliadora do Papa no Oriente, com grande impulso da civilização e prestígio da Egreja, - outras tendem à catechese dos pagãos em várias partes do mundo, sendo três dellas fundadas no Brasil, onde não chega a acção dos bispos pela insufficiência do clero nacional.
A creação dessas prefeituras e de vários bispados em nossa pátria é uma prova da solicitude do Papa e do seu amor ao Brasil, menifestado em todas as ocasiões de visita dos nossos compatriotas.
É, pois, com intensa saudade que registramos o fallecimento de Bento XV, cuja alta cultura intellectual, piedade intensa, caridade inexcedível e habilidade política todo o mundo proclama.
RITOS EXEQUIAIS
O corpo do Papa defunto, revestido dos habitos pontificaes, foi exposto primeiramente aos visitantes na sala chamada do throno,e depois em S. Pedro, onde nos três dias seguintes foram celebradas exequias solennes pelo Capítulo Vaticano e mais corporações do Clero de Roma. Interminável foi a procissão dos fiéis que commovidos se succederam, desfilando deante dos restos mortaes do Pai amado e beijando-lhe ainda uma vez o pé sagrado.
Até às 9 horas da manhã de 25, mais de 500.000 pessôas tinham passado em frente ao corpo de Bento XV.
No dia 26, em presença dos membros do Sacro Collegio, diplomatas, prelados e nobreza romana, foi o corpo collocado no túmulo provisório da Basílica de S. Pedro.
O simples caixão de madeira foi encerrado em outro de cypreste, dentro do qual monsenhor Sanz de Sampor, mordomo do Papa, depositou três saccos contendo, respectivamente, as medalhas de ouro, prata e bronze cunhadas durante o pontificado de Bento XV. O primeiro Cardeal creado pelo Papa morto, collocou no caixão um tubo de zinco contendo um pergaminho com o histórico do reinado de Bento XV.
O mordomo passou um véo branco pelo rosto do Santo Padre e monsenhor Respighi cobriu o corpo com uma colcha de sêda escarlate. Antes de ser sellado o caixão, o protonotário do Vaticano, auxiliado por um dos membros da administração pontifícia, ajoelhado, leu o attestado de inhumação do pontífice. O ataúde foi então pregado e sobre cada prego collocado um sello rubricado pelo mordomo e o arcipreste da Basílica.
I
sto feito, o segundo caixão foi encerrado em um terceiro de zinco que, pela sua vez, foi sellado pelo Cardeal Merry del Val. O terceiro caixão passou ´para outro de madeira de castanheiro e encerrado no túmulo provisório.
No entanto, continuam as manifestações de pezar pelo fallecimento do Summo Pontífice Bento XV. Dos mais distantes paises chegam a diariamente a Roma inequívocas demonstrações dos mais vivos sentimentos e ao mesmo tempo se frisa o muito que fez, durante os sete annos de pontificado, pela civilização e pela humanidade, o Papa da Paz.
PEZAMES DO POVO BRASILEIRO - Foram estes os termos do telegramma, que o Sr. Presidente da República mandou expedir a Sua Eminência o Cardeal Camerlengo da Santa Egreja Romana, por ocasião do passamento de Sua Santidade o Papa Benedicto XV: "Apresento a Vossa Eminência Reverendíssima e ao Sacro Collegio, em nome da Nação Brasileira e no meu próprio, os mais sentidos pezames pelo fallecimento do Summo Pontífice Benedicto XV. (a) Epitacio Pessoa, Presidente da República.
MAIS CONDOLÊNCIAS: O Sacro Collegio recebeu telegrammas de condolencias do rei da Hespanha, dos presidentes da Suissa, do Perú, da Áustria, do Paraguay, dos ex-rei e rainha de Portugal e da Bulgária, do príncipe Rupprecht da Baviera, do príncipe de Mônaco, dos presidentes da Câmara e do Senado de Malta e da delegação nacional armênia, e em geral de quasi todas as nações e estados do mundo."

FONTE: MENSAGEIRO DO CORAÇÃO DE JESUS - FEVEREIRO DE 1922.
Observação: Texto digitado e postado - respeitando-se, na medida do possível, a ortografia então vigente -, pelo professor Osmar Lucena Filho.

terça-feira, 9 de março de 2010

RUMO AO JUBILEU DE OURO DA DIOCESE DE IGUATU ESTADO DO CEARÁ
1961 - 28 DE JANEIRO - 2011



BULA PONTIFÍCIA "IN APOSTOLICIS MUNERIS", DO PAPA JOÃO XXIII (FOTO), PELA QUAL FOI ERIGIDA A DIOCESE DE IGUATU-CE.
EIS AQUI O TEXTO ORIGINAL DA BULA, REDIGIDO EM LATIM (LÍNGUA OFICIAL DA IGREJA CATÓLICA)
Detractis ab archidioecesi Fortalexiensi et a dioecesi Cratensi nonnullis territoriis, nova ex iisdem constituitur dioecesis "Iguatuvina" nomine.
I O A N N E S E P I S C O P U S
SERVUS SERVORUM DEI
AD PERPETUAM REI MEMORIAM
In apostolicis muneris Nostri officiis illud esse censemus ea ratione christifidelium coetus ordinare Ecclesiarumque fines describere, quam aptiorem arbitramur cum ad Evangelii verbi semen spargendum tum ad uberes supernae caritatis fructus colligendos. Qua de re, cum venerabilis Frater Armandus Lombardi, Archiepiscopus titulo Caesariensis Philippi et in Foederatis Brasiliae Civitatibus Apostolicus Nuntius, ante auditis venerabilibus Fratribus Episcopis Ecclesiasticae provinciae Fortalexiensis inque primis venerabili Fratre Antonio de Almeida Lustosa, eiusdem provinciae Metropolita, ab hac Apostolica Sede petierit ut ibi locorum nova dioecesis conderetur: per hoc enim aptius eius regionis necessitatibus prospici; Nos, re bene considerata consilioque petito a venerabilibus Fratribus Nostris S. R. E. Cardinalibus, qui negotiis Consistorialibus praesunt, consensum eorum supplentes qui hac super re aliquod ius habeant, admotas preces admittendas esse putamus deque Nostra apostolica potestate haec: quae sequuntur decernimus et iubemus. Ab archidioecesi Fortalexiensi territoria separamus municipiorum quae vulgo cognominantur Milhã, Mombaça, Pedra Branca, Piquet Carneiro, Senador Pompeu, Solonópole; item a dioecesi Cratensi territoria municipiorum quibus nomen Acopiara, Arneiroz, Aiuaba, Cariús, Catarina, Cedro, Cococi, Icó, Iguatu, Jucás, Orós, Parambu, Saboeiro, Tauá, ex lisque omnibus, prout lege civili in praesens circumscribuntur, novam dioecesim condimus, Iguatuvinam appellandam, quae iisdem terminabitur finibus ae municipia e quibus coalescit. Novae dioecesis caput erit urbs Iguatu cognominata, in qua Episcopus sedem suam figet, cathedra sacri magisterii in templo curiali ibi exstante colocata, quod est Deo in honorem Sanctae Annae, Beatae Mariae Virginis Matris dicatum, quodque ad gradum et dignitatem cathedralis aedis evehimus, cum iuribus, honoribus, privilegiis propriis. Eadem sane iura Episcopo facimus, cui tamen congruas obligationes imponibus, in quibus id memorare placet esse nempe eum, una cum sua Ecclesia, Metropolitae Archiepiscopo Fortalexiensis suffraganeum. Volumus etiam ut Canonicorum collegium condatur, ad normam per alias sub plumbo Epistulas edendam; quod si statim fieri nequeat Consultores dioecesani ad iuris normam deligantur, qui consilio et opera Episcopo praesto sint. Mensam episcopalem, quam vocant, Curiae emolumenta constituent, pecunia a fidelibus sponte oblata atque bonorum pars quae ad normam canonis 1500 C.I.C. Iguatuvinae dioecesi obveniet, detracta nempe ab archidioecesi Fortalexiensi et a dioecesi Cratensi. Sacerdotes insuper qui, his litteris ad effectum deductis, in dioecesi Iguatuvina vel officium vel beneficium habeant, eidem ceuseantur adscripti; ceteri vero clerici ei, in qua legitimo domicilio degant. Ad regimen, administrationem quod attinet, ad electionem Vicarii Capitularis, Sede vacante, cetera eiusmodi, id fieri censemus Codex Iuris Canonici iubet. Volumus etiam ut Iguatuvinus Ordinarius Seminarium saltem minus in sua dioecesi condat, pueris excipiendis qui sortem Domini vocantur, ad iuris, communis leges et ad normas Sacrae Congregationis de Seminariis et Studiorum Universitatibus. Ex eo lecti iuvenes Romam mittantur, philosophiae ae theologiae disciplinis imbuendi in Pontificio Collegio Piano Brasiliano. Acta denique et documenta quae ad novam dioecesim quoquo modo pertineant, ad eius Curiam episcopalem mittantur, ibique religiose in tabulario asserventur. Ceterum has Nostras litteras exsequendas eurabit venerabilis Frater Armandus Lombardi, quem diximus, vel per se ipse vel per alium, factis ad id necessariis facultatibus. Cum autem res acta fuerit, idem documenta exarari iubebit, quorum fide digna exempla ad Sacram Congregationem Consistorialm mittet. Quod si fiat ut eo tempore alius Apostolicae Nuntiaturae in Foederatis Brasiliae Civitatibus praesit, hic mandata Nostra omnia faciet.
Has vero Litteras nunc et in posterum efficaces esse et fore volumus; ita quidem ut quae per eas decreta sunt ab iis quorum res est religiose serventur, atque igitur vim suam obtineant. Quarum Litterarum efficaciati nulla, cuiusvis generis, contraria praescripta officere poterunt, cum per has Litteras iisdem derogemus omnibus. Quapropter si quis, quavis praeditus auctoritate, sive sciens sive insciens contra egerit ac Nos ediximus, id prorsus irritum atque imane haberi iubemus. Nemini praeterea haec voluntatis Nostrae documenta vel scindere vel corrumpere liceat; quin immo harum Litterarum exemplis et locis, sive typis impressis sive manu exaratis, quae sigillum viri praeferant in ecclesiastica dignitate constituti simulque ab aliquo publico tabellione sint subscripta, eadem omnimo habenda erit fides, quae hisce haberetur, si ostenderentur. Quae Nostra decreta in universum si quis vel spreverit vel quoquo modo detrectaverit, sciat se poenas esse subiturum iis iure statutas, qui Summorum Pontificum iussa non fecerint.
Datum Roma, apud S. Petrum, die duodetricesimo mensis Ianuarii, anno Domini millesimo nongentesimo sexagesimo primo, Pontificatus Nostri tertio.
IACOBUS A. Card. COPELLO
S.R.E. Cancellarius
CAROLUS Card. CONFALONIERI
S. Congr. Consist. a Secretis
Franciscus Tinello
Apostolicam Cancellariam Regens
Albertus Serafini, Proton. Apost.
Caesar Federici, Proton. Apost.
FONTE:
ACTA APOSTOLICAE SEDIS - COMMENTARIUM OFFICIALE
Biblioteca do Mosteiro de São Bento de Olinda
Cópia xérox do Acervo do Prof. Osmar Lucena Filho
Digitado e postado por
Osmar Lucena Filho

sexta-feira, 5 de março de 2010

DIOCESE DE IGUATU - CE
PROVÍNCIA ECLESIÁSTICA DE FORTALEZA - CE
1961 - 28 DE JANEIRO - 2011
AO ENCONTRO DO JUBILEU DE OURO
NO RUMO DO JUBILEU DA DIOCESE DE IGUATU
A DIOCESE DE IGUATU, A QUE PERTENCE A PARÓQUIA DE PIQUET CARNEIRO-CE, VEIO À LUZ POR DECISÃO DO PAPA JOÃO XXIII QUE, EM 28 DE JANEIRO DE 1961, MEDIANTE A EMISSÃO DA BULA "IN APOSTOLICIS MUNERIS", DATADA DE 28 DE JANEIRO DE 1961, A ERIGIU.



NOMEAÇÃO DO 1º BISPO DIOCESANO: 13 DE OUTUBRO DE 1961



INSTALAÇÃO DA DIOCESE E POSSE DO 1º BISPO DIOCESANO: 4 DE FEVEREIRO DE 1962



GLORIA TIBI, TRINITAS AEQUALIS, UNA DEITAS, ET ANTE OMNIA SAECULA ET NUNC ET IN PERPETUUM!
(GLÓRIA A TI, TRINDADE IGUAL, DIVINDADE ÚNICA, ANTES DOS SÉCULOS, AGORA E SEMPRE!)
Postado por
Osmar Lucena Filho