domingo, 31 de maio de 2009


EX-VIGÁRIOS DE PIQUET CARNEIRO - CE

MONS. ANTÔNIO ALVES DE OLIVEIRA

5º VIGÁRIO, ENTRE 1974 E 1975

"Mons. Antônio Alves de Oliveira nasceu no sítio Cipó, hoje pertencente ao município de Jucás, no ano de 1911. Fez o curso primário e secundário no seminário da cidade do Crato. Depois formou-se em Filosofia, no Seminário da Prainha, em Fortaleza, e em Teologia, em João Pessoa-PB. Foi ordenado padre em 1942. Por 11 anos exerceu o cargo de diretor de disciplina no seminário de Crato e por 36 anos foi capelão do Colégio São José, na cidade de Iguatu, onde lecionou Latim, Francês, Português, Filosofia e Psicologia. Foi vigário geral da diocese de Iguatu, no período de 1984 a 1988." (Cf. Texto extraído do Diário do Nordeste, edição de quinta-feira, 26 de fevereiro de 2004).

ATO DE NOMEAÇÃO DE MONS. ALVES PARA VIGÁRIO ECÔNOMO DE PIQUET CARNEIRO

Em março de 1974, desejoso de nomear um sucessor para o Pe. Agostinho Paulino de Melo, que deixara a Paróquia de Piquet Carneiro, Dom José Mauro, então bispo diocesano de Iguatu, escreve ao Mons. Antônio Alves de Oliveira, nestes termos:

"Revmo. Sr. Monsenhor Antônio Alves de Oliveira

Saudação e Paz no Senhor.

Encontra-se vaga a Paróquia de Pquet Carneiro, com a saída do último vigário, Padre Agostinho Paulino de Melo.

Não podendo atender pessoalmente, pelas múltiplas obrigações, às necessidades espirituais do Povo de Deus, naquela Paróquia, e, enquanto não me é possível, na carência em que se encontra a nossa Diocese, de ministros sagrados, nomear pároco residente, segundo as leis canônicas, para atender ao bem espiritual do povo cristão daquela freguesia, concedo-lhe, por este Ato, as faculdades ordinárias que assistem aos Vigários Ecônomos, para, como lhe permitirem as forças, atender às necessidades espirituais de quantos precisarem de seus bons ofícios.

Queira dar a conhecer oportumente ao povo esta decisão da parte da autoridade diocesana, fazendo transcrever esse Ato no Livro do Tombo da Paróquia.

Iguatu, 21 de março de 1974.

Dom José Mauro Ramalho de Alarcon e Santiago
Bispo da Diocese de Iguatu."

(Cf. Livro do Tombo - pág. 30v.)

SOBRE O CURTO PERÍODO DE SEU PASTOREIO EM PIQUET CARNEIRO, ASSIM ESCREVEU, NO LIVRO DO TOMBO, O MONS. ANTÔNIO ALVES:

"Por motivo de força maior, não fixei residência em Piquet Carneiro, mas lá me ia sempre, todos fim de semana, pelo trem da manhã de sexta-feira, e retornando a Iguatu, pela tarde de domingo.

Frequentei, assim, essa Paróquia, por todo um ano, precisamente, de 24 de março de 1974 a 30 de março de 1975, pregando sempre para o povo a Palavra de Deus, confessando os fiéis desejosos de reconciliação sacramental, batizando e casando, com a devida preparação dos pais, padrinhos e noivos.

Em nada alterei a disciplina paroquial dos vigários anteriores, celebrando, no primeiro domingo do mês, em Piquet Carneiro; no segundo, em Ibicuã; no terceiro, em Mulungu, e, no quarto domingo, em São Bernardo, as quatro principais comunidades da paróquia em pauta.

O povo é simples e predisposto à vida espiritual, embora deveras rotineiro, meio massificado em sua vivência cristã e paroquial." (Cf. Livro do Tombo - págs. 29v, 30 e 31).

Mons. Antônio Alves de Oliveira faleceu aos 25 de fevereiro de 2004, à altura de uma idade veneranda: aos 93 anos!

PESQUISA E TEXTO:

Prof. Osmar Lucena Filho

FONTES:

Livro do Tombo da Paróquia de Piquet Carneiro - TOMO I - 1948-2006.
Diário do Nordeste, edição do dia 26 de fevereiro de 2004.


EX-VIGÁRIOS DE PIQUET CARNEIRO - CE

PE. AGOSTINHO PAULINO DE MELO

4º VIGÁRIO, ENTRE 1966 E 1974

O quarto vigário de Piquet Carneiro, Pe. Agostinho Paulino de Melo, é natural de Iguatu, tendo nascido em 27 de fevereiro de 1934.

Ingressou no seminário arquidiocesano de Fortaleza em 11 de fevereiro de 1949, lá permanecendo até 1961. Foram, ao todo, 12 anos, de intensa vida seminarística, sob a tutela dos padres vicentinos. Enfim, no dia 23 de setembro de 1962, um sábado, às 17h, em Iguatu, pela "oração consecratória" e a imposição das mãos de Dom José Mauro Ramalho, bispo diocesano, Pe. Agostinho Paulino é ordenado padre.

CARGOS NA VIDA ECLESIAL

Em 11 de janeiro de 1963 é nomeado, por Dom José Mauro, Vigário Coadjutor de Icó-CE, junto ao Pe. José Alves Macedo. Nessa função, assumiu a coordenação do trabalho com a juventude. Um novo posto o aguarda em março de 1964: torna-se, assim, Vigário Coadjutor da Paróquia de Nossa Senhora das Dores, em Senador Pompeu, no tempo em que esta era pastoreada pelo Pe. João Salmito Neto.

Em março de 1966, estando vacante a Paróquia de Piquet Carneiro, dada a saída do Pe. Teixeira, Dom Mauro resolve, na ocasião, nomear o Pe. Agostinho Melo, para o cargo de Vigário da supramencionada comunidade eclesial.

Sua posse acontece no dia 13 de março de 1966, sob a presidência de Dom José Mauro.

Eis as anotações deixadas pelo Pe. Agostinho Paulino de Melo no Livro do Tombo paroquial, dando notícias acerca de sua ação pastoral em Piquet Carneiro:

1967 - "Foi construída, em Ibicuã, a casa paroquial, a qual trouxe, para todos os paroquianos, sobretudo para o Vigário, uma satisfação imensa, por causa do incômodo que trazia para as famílias do Ibicuã, uma vez que precisa arranjar a hospedagem para o Vigário, quando este tinha de celebrar aos 2º (s) domingos. Por outro lado, aumentou o patrimônio da Capela de Ibicuã. Foi inaugurada no mês de novembro de 1967, para alegria de todos os paroquianos. Neste mesmo ano, em dezembro, começou-se a reforma da capela, com limpeza e reconstrução da calçada da capela."


1968 - "No ano de 1968 houve algumas limpezas que não custaram muita despesa. Aos 12 dias de outubro de 1968, houve um movimento entre os catequistas para preparar a festa do Dia das Crianças. Seguiu-se da missa, às 7:30 hs, na Igreja Matriz, acompanhada das primeiras comunhões das crianças. À tarde, às três e meia, no Círculo Operário, houve uma sessão para as crianças. 70 crianças fizeram a 1ª comunhão e todos os pais das mesmas ficaram satisfeitos com este sentimento tão significante na Paróquia de Piquet Carneiro. PE. AGOSTINHO PAULINO DE MELO, VIGÁRIO."

1969 - "A sacristia da Capela de Ibicuã foi reconstruída, quando um vento forte a derrubou em plena noite de inverno. Os paroquianos se uniram e com todo esforço fizeram uma cotização entre eles, reconstruíram a sacristia da capela de Ibicuã. Todo este trabalho foi realização em preparação para a Visita Pastoral. (...) Todas as capelas fizeram um movimento para fazer limpezas em preparação da Visita Pastoral. A matriz também foi reformulada com pinturas e mudança das janelas. Todas as casas paroquiais foram restabelecidas com pinturas e mudanças de portas, janelas e cimentadas. Pe. Agostinho Paulino de Melo, vigário. Em 12 de outubro de 1969."

1970 - "Durante a Semana Santa do ano de 1970, houve um movimento para a páscoa dos jovens, crianças e adultos na sede e nas capelas. Chegou a contagem de confissões e comunhões na média de 4 mil. No mesmo ano, em outubro, realizou-se a festa da 1ª Comunhão das crianças, aproveitando o Dia das Crianças, perfazendo um total de 80 comunhões. Encerrou-se com uma programação no Círculo Operário, às 15,30 hs. Pe. Agostinho Paulino de Melo, vigário. Em 12 de outubro de 1970."

1971 - "Na igreja matriz houve a páscoa dos paroquianos, sobretudo um movimento com os jovens e crianças. Neste período, se realizou um a programação para a restauração e limpeza da igreja. Os paroquianos contribuíram com 5,00 (sic!) para tal fim. Pe. Agostinho Paulino de Melo, Vigário. Em 10 de setembro de 1971."

1972 - "A Paróquia enviou a Iguatu alguns jovens, para a realização de um curso de Bíblia, os quais ficaram na responsabilidade de continuar no apostolado pastoral da Bíblia. Por outro, a jovem Francisca Gomes ficou na direção da catequese paroquial. A catequese funciona na sede e também nos sítios. (...) Foi fundado, no sítio São José, um curso bíblico. Os jovens se reúnem aos domingos, pela manhã, utilizando o programa do Pe. Gervásio, em Cajazeiras. Além disso, eles fazem um apostolado no meio da sua comunidade. Piquet Carneiro, 8 de dezembro de 1972. Pe. Agostinho Paulino de Melo, Vigário."

1973 - "Neste ano houve a Páscoa dos jovens, crianças e adultos, perfazendo um total de 3.000 comunhões. A paróquia realizou o Dia das Mães no Círculo Operário, às 15h. À noite, celebrou-se a missa em ação de graças. Neste mesmo ano, o Apostolado da Oração realizou um movimento pastoral com os não casados no religioso. (...) Em março, fundou-se outro grupo de Círculo Bíblico em Catolé, dirigido por alguns jovens do mesmo sítio. (...) A comunidade fez uma festa para a limpeza da igreja, restauração do fôrro e limpeza dos bancos. A despesa foi de Cr$ 4.500,00. Houve também limpeza na Casa Paroquial. Este foi o movimento paroquial de 1973. Piquet Carneiro, 12 de dezembro de 1973. Pe. Agostinho Paulino de Melo, o vigário."

1974 - "A Paróquia celebrou a passagem (sic!) do "Ano Novo" no dia 6 de janeiro. Houve o encontro dos jovens que trabalham no movimento pastoral da Paróquia."

Pe. Agostinho deixou, ainda, na página 28 do Livro do Tombo, esta observação sobre o final de seu paroquiato. Trata-se de um texto redigido, como se verá, na terceira pessoa do singular, mas, seguramente, de autoria do mesmo, pois lavrado, datado e assinado por ele...

"O Vigário, Pe. Agostinho Paulino de Melo, deixou a Paróquia de Piquet Carneiro no dia 20 de janeiro, encerrando as suas atividades paroquiais com a missa, às 17h, na presença de grande parte da Comunidade. Os jovens do Projeto Rondom deu (sic!) sua parcela de cooperação nesta missa de ação de graças. O revmo. Vigário assumiu a Paróquia no dia 29 de março de 1966, entregando ao Sr. Bispo ,em Iguatu, no dia 20 de janeiro de 1974. Pe. Agostinho se despediu da Comunidade desejando que todos continuem na mesma fé e caridade para que haja mais união e amor na comunidade. (...) Que Deus abençôe a todos!. Piquet Carneiro, 20 de janeiro de 1974. Pe. Agostinho Paulino de Melo, Vigário."

Este artigo sobre a vida do 4º vigário de nossa terra (Piquet Carneiro) ficaria incompleto , se faltasse uma referência ao grande trabalho que este vigário prestou , aqui, no âmbito educacional. Com efeito, ele foi o 2º diretor do Ginásio Sagrado Coração de Jesus, de 1966 a 1973, e esmerou-se, como seu predecessor, por bem conduzir almas sequiosas do pão do saber, em épocas difíceis de se manter, in loco, uma escola de caráter comunitário-particular, como aquela.

UM TEXTO E PESQUISA:

Prof. Osmar Lucena Filho

FONTES CONSULTADAS:

Livro do Tombo da Paróquia de Piquet Carneiro - TOMO I - 1948/2006.
Anuário da Diocese de Iguatu - Editado em 1973
Entrevista concedida pelo Pe. Agostinho Melo ao Prof. Osmar Lucena Filho, em 18 de janeiro de 2008, em Fortaleza, transcrita da fita original, em VHS.

EX-VIGÁRIOS DE PIQUET CARNEIRO - CE

PE. FRANCISCO ALVES TEIXEIRA

3º VIGÁRIO ENTRE 1959 E 1966

Francisco Alves Teixeira nasceu em Maranguape-CE, em 1928. Após os estudos seminarísticos, cursados no vetusto e célebre seminário da Prainha, sob a sábia orientação dos Padres Lazaristas, é, portanto, ordenado presbítero. O oficiante é Dom Antônio de Almeida Lustosa; o cerimonial aconteceu no dia 30 de novembro de 1958. O neo-sacerdote preside, pela primeira vez, a Santa Missa, em sua terra natal, Maranguape, em 8 de dezembro subsequente.

Decorridos poucos meses de sua ordenação, no dia 9 de fevereiro de 1959 eis que o Pe. Francisco Alves Teixeira assume a Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, de Piquet Carneiro, como sucessor do Pe. Alberto Nepomuceno de Oliveira. Fá-lo em cumprimento de ordem de Dom Lustosa.

No Livro do Tombo - fonte a que sempre recorro! - achamos esta nota, sobre a posse do Pe. Teixeira em Piquet, redigida de próprio punho deste: "Aos 9 de fevereiro de 1959, às 7 horas, eu, Pe. Francisco Alves Teixeira, tomei posse da Paróquia de Piquet Carneiro, a mandado de Sua Excia. Dom Antônio de Almeida Lustosa, Arcebispo da Arquidiocese de Fortaleza. Feita a leitura da Provissão pelo supra-citado sacerdote seguiram-se as cerimônias estabelecidas. Em seguida, o novo vigário pela 1ª vez dirigiu a palavra aos novos paroquianos falando das boas disposições com que abraçava seu novo ministério junto às almas e contando com a cooperação dos fiéis da Freguesia. Tomados os paramentos sagrados o novo vigário celebrou a santa missa e em seguida confessou alguns fiéis presentes. Terminadas as funções paroquiais, procurei logo em palestras pessoais a tomar conhecimento do que havia sido feito por meu predecessor padre Alberto Oliveira que, apesar de uma seca causticante, muito fez pela boa ordem espiritual e material desta paróquia. Piquet Carneiro, 9 de fevereiro de 1959. Pe. Francisco Alves Teixeira - Vigário."

A exemplo de seu predecessor imediato (Pe. Alberto), também o Pe. Teixeira deixou um precioso resumo das atividades que procurou fazer como vigário de Piquet Carneiro, como se vê do seguinte registro:

1959: "Além da Visita Pastoral de Sua Excia. Revma. Dom Raimundo de Castro e Silva, no mesmo ano de 1959, fizemos o retiro das moças de Piquet Carneiro, num número quase de 80. As moças ficaram internas numa casa gentilmente cedida pelo Sr. Franco, ao lado da matriz. Todas ficaram o dia todo na referida casa,e só se retiravam à noite para suas residências. Pregou o retiro o Revmo. Pe. Elmas, Vigário de Milhã. No dia 9 de outubro de 1959 começamos a festa em Piquet Carneiro, campanha de um transporte paroquial. Apuramos Cr$ 129.897,00, na sede paroquial e Capela do Ibicuã. Em São Bernardo fizemos também um movimento material de Cr$ 46.000,00 para reparo da mesma capela. Fundamos, em março de 1959, uma escola preparatória de seminário com o 3º e 4º anos, mantida pela arquidiocese. Mandamos no começo de 1960 dois alunos de nossa escola para o Seminário: Valdenor Pinheiro e Carlos Paulino, além dos dois outros seminaristas Manoel Stênio e Oscar Dias, postos pelo vigário precedente (ndr: Pe. Alberto) no seminário."

1960: "Mosaicamos uma parte da Matriz. Fizemos a 1ª Comunhão das crianças do catecismo. Recebemos a visita de Fre Álvaro Formiga, que preparou retiro para as senhoras e a Páscos dos homens. Colocamos a primeira bancada de cadeiras na matriz."

1961: Durante este ano, no setor espiritual, fizemos, com o auxílio dos vigários vizinhos, de Milhã, Senador Pompeu, Mineirolândia, Solonópole, Pedra Branca, respectivamente, Pe. Elmas Feliciano, Pe. José Salmito Neto, Pe. José Aloísio Moreira, Pe. Agenor Tabosa Pinto e Pe. Geraldo Dantas. O mesmo trabalho foi feito em todas as paróquias acima citadas, com ótimos resultados espirituais." (sic!)

UM SACERDOTE EM SINTONIA COM AS EXIGÊNCIAS DE SUA ÉPOCA

Preocupado com os rumos da Educação em Piquet Carneiro, Pe. Francisco Teixeira instala, em março de 1962, com o apoio da Comunidade e do então gestor municipal, prefeito Luiz Aires de Souza, o curso de ensino fundamental; na época, chamava-se Curso Ginasial.

O paroquiato do terceiro vigário de Piquet Carneiro encontra uma feliz coincidência com a renovação pela qual a Igreja Católica vinha passando , em decorrência da realização, em Roma, do Concílio Ecumênico Vaticano II.

De fato, esta Assembléia de Bispos, convocada pelo Papa João XXIII, em 1962, e concluída em 1965, já sob o pontificado de Paulo VI, pôs a Igreja em perfeita sintonia com as exigências dos tempos modernos. Assim, por exemplo, a missa, que era celebrada, desde há séculos, em latim, passou a sê-lo em língua portuguesa. Por conseguinte, coube ao Pe. Teixeira o mérito, perante a História da comunidade eclesial de Piquet Carneiro, de celebrar a primeira missa em português, na matriz local.

A NOVA DIOCESE DE IGUATU

Outro fato histórico, que ocorre na ocasião em que Pe. Teixeira paroquiava Piquet Carneiro, foi a criação e instalação, por ordem de João XXIII, da nova Diocese de Iguatu. Em 4 de fevereiro de 1962, Pe. Francisco Texeira ruma para Iguatu, para tomar parte do solene ato de posse do 1º bispo de Iguatu, Dom José Mauro Ramalho de Alarcon e Santiago.

Pelo disposto na Bula de João XXIII, a Paróquia de Piquet Carneiro, uma vez desmembrada da Arquidiocese de Fortaleza, passa a integrar o novo território diocesano.

O ano de 1964 assinala, ainda em pleno governo paroquial do Pe. Teixeira, a 1ª Visita Pastoral que Dom José Mauro, então novo e 1º bispo diocesano de Iguatu, faria a Piquet Carneiro.

Pe. Francisco Alves Teixeira teve a felicidade, por assim dizer, de colher, no fianal do seu vicariato, os primeiros frutos da benéfica árvore, que plantara: em dezembro de 1965 sai a 1ª Turma de Ginasianos do Colégio Sagrado Coração de Jesus.

Depois de um longo tempo durante o qual residiu na capital cearense, Pe. Teixeira volta ao sertão para assumir seu ministério sacerdotal em Deputado Irapuan Pinheiro.

Atualmente, por recomendação médica, reside o Pe. Teixeira no Centro Pastoral da Diocese de Iguatu, em Iguatu, colaborando, na medida do possível, nas atividades pastorais.

PESQUISA E TEXTO:

Prof. Osmar Lucena Filho

FONTE:

Livro do Tombo da Paróquia de Piquet Carneiro - Tomo I - 1948/2006


EX-VIGÁRIOS DE PIQUET CARNEIRO - CE

PE. ALBERTO NEPOMUCENO DE OLIVEIRA

2º VIGÁRIO: DE 6 DE MARÇO DE 1955 até 29 DE JANEIRO DE 1959

Alberto Oliveira nasceu em Pacatuba, Estado do Ceará, no ano de 1921. Cursou filosofia e teologia no Seminário da Prainha, em Fortaleza. Em 6 de março de 1955 chega a Piquet Carneiro, a fim de suceder o Pe. Antônio Pinheiro Freire, no cargo de Vigário da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, nomeado, que foi, por Dom Antônio de Almeida Lustosa, na época arcebispo de Fortaleza. De próprio punho, Pe. Alberto Oliveira assim se refere à sua vinda para Piquet Carneiro, e às impressões colhidas do seu primeiro contato com a paróquia local, no ano de 1955. Uma verdadeira relíquia do nosso passado religioso, que vale a pena ser aqui registrada! Veja-se: "Tomei posse da Paróquia de Piquet Carneiro, a 6 de março de 1955. Encontrei uma paróquia bem organizada, em todos os pontos, graças ao trabalho apostólico do primeiro vigário. Bem florescentes, as associações religiosas, na sede e nas capelas. Encontrei um povo bom e vontadoso, disposto a colaborar em todas as iniciativas do vigário. O povo tem bom espírito. A piedade em Piquet Carneiro (na matriz) é boa. Quase que a totalidade dos fiéis assisti à missa aos domingos. (...) Encontrei, também, boa piedade nas capelas, máxime em São Bernardo (ndr: hoje, Irapuan Pinheiro). Em Mulungu, encontrei um surto de protestantes, presbiterianos; em Ibicuã, igualmente, uns seis. (...) As primeiras sextas-feiras, na matriz, são concorridas, havendo muitas comunhões. A devoção dominante é ao Sagrado Coração de Jesus. O Apostolado da Oração, muito florescente. Os Vicentinos realizam um belo e organizado serviço de caridade. O Círculo Operário presta aos sócios uma louvável assistência, graças à dedicação e ao zelo da diretoria, que tem, à sua frente, liderando os movimentos, o sr. João Marques da Silva (seu Joca). Piquet Carneiro tem um Círculo Operário!." (Cf. Livro do Tombo - Paróquia de Piquet Carneiro - pág. 13 - Tomo I).

Na mesma fonte, isto é, o Livro do Tombo, encontramos um resumo, ano após ano, deixado pelo Pe. Alberto Oliveira, de seus feitos à frente da Paróquia de Piquet Carneiro. Resumo, diga-se de passagem, não apenas sob o ponto de vista do religioso, mas há também enfoque a aspectos de natureza política e social. Veja-se:

1955: "Em 1955, tive um ano normal. Houve inverno. Um novenário muito concorrido, por ocasião das solenidades do Padroeiro (ndr: Sagrado Coração de Jesus!). Dividi as páscoas em quatro classes: as crianças, as moças, as mulheres e os homens. Cada classe teve o seu retiro e o seu pregador próprio. Isto, na sede. Foi feita a desobriga, em vários dias, em cada uma das capelas, tendo sempre o vigário muito trabalho de confissões, exceto em Mulungu, cujo povo se desloca procurando, de preferência, desobrigar-se na matriz, por causa, talvez, da ajuda de um confessor extraordinário, e por ser muito perto da sede."

1956: "O ano de 1956 foi semelhante ao anterior no movimento paroquial. Houve um grande inverno e uma safra de algodão surpreendente. A ajuda que os paroquianos deram aos trabalhos paroquiais foi magnifífica e com a ajuda do povo muito se pôde fazer."

1957: "Durante o ano de 1957, obedeci o mesmo programa de páscoas, de desobrigas, de festas religiosas. Da parte dos fiéis, as mesmas intenções e resultado. Durante o mês de dezembro, recebemos a visita dos missionários lazaristas que estiveram em Ibicuã, São Bernardo e na Matriz. Missões em 1957: Em Ibicuã, de 3 a 9 de dezembro: 2.391 comunhões; Em São Bernardo: de 10 a 17 de dezembro: 3.658 comunhões. Em Piquet Carneiro: de 18 a 24 de dezembro: 2.674 comunhões. Estas MISSÕES foram realizadas pelos revmos. padres João Alberto, Teodoro e André, todos lazaristas."

1958: "1958 fica na retentiva dos homens de Piquet pelo flagelo da seca com que martirizou estes sertões. Um ano difícil, de sofrimento, de nenhuma safra, de carência absoluta de gêneros, de muita fome, de debandadas, retiradas em massa para o extremo-norte ou o extremo-sul. A jovem cidade (P. Carneiro passou à cidade em 11 de agosto de 1957) despovoou-se a olhos vistos. As autoridades competentes, com um certo atraso, ofereceram trabalhos públicos: rodovias e ramal ferroviário para assistir aos pobres flagelados. O flagelo da seca, no território desta paróquia, comportava uma página. Eu digo tudo, dizendo que a seca de 58, em Piquet Carneiro, foi uma calamidade pública."

Pe. Alberto Oliveira concluiu os trabalhos de reforma e ampliação da matriz, com as construções, respectivamente, da TORRE, em 1956, e do ALTAR-MOR, solenemente consagrado em 27 de outubro de 1957.

VIDA ACADEMICISTA E CARGOS EXERCIDOS NA VIDA PÚBLICA: Pe. Alberto é Licenciado em Pedagogia, Direito e Filosofia. Fez pós-graduação na Itália, e mestrado na França. Foi diretor de dois colégios do estado e membro do Conselho Estadual de Educação. Por concurso público, tornou-se professor do Liceu e da Universidade Estadual do Ceará. Ocupou as funções de Presidente da FUNABEM, secção do Ceará, e da Fundação Educacional de Fortaleza. Membro da OAB e da ACI. Pertenceu à Assessoria Especial da Governadoria e à Procuradoria Judicial do município de Fortaleza.

LIVROS PUBLICADOS: Juventude, Crise e Educação; Droga - Perigo Nacional; Ressonâncias - poesias; Organizar para servir; Sociologia da Comunicação Social; Educação Permanente; Pedaços de uma vida (autobiografia); A Cigana Disse (romance - em preparo); Israel, Sua História e Seu Povo.

Reside em Fortaleza.


UMA PESQUISA E TEXTO:

Prof. Osmar Lucena Filho

FONTES DE CONSULTA:

"Israel: Sua História e Seu Povo", livro de autoria de Alberto Nepomuceno de Oliveira. Imprensa Oficial do Ceará - IOCE, 1989.

Livro do Tombo da Paróquia de Piquet Carneiro - TOMO I: 1948 - 2006.

EX-VIGÁRIOS DE PIQUET CARNEIRO - CE

1º VIGÁRIO: PE. ANTÔNIO PINHEIRO FREIRE (NA FOTO, COM UM GRUPO DE "MÃES CRISTÃS").

TEMPO DE PAROQUIATO: 15.02.1948 até 15.02.1955

SÍNTESE BIOGRÁFICA


Nasceu o Pe. Antônio Pinheiro Freire em Capistrano, no dia 27 de julho de 1921. Filiação: Antônio Martins Freire e Maria Pinheiro Freire. Em 1933 transcorreu seu ingresso no Seminário da Prainha, em Fortaleza. VIDA ESTUDANTIL: Colegial (1937-38); Filosofia (1939-40); Teologia (1941-44). Curso de Sociologia Religiosa, em Natal-RN, em 1964. Aperfeiçoamento em Teresina, em 1970. Curso de IBRADES, Rio de Janeiro, em 1974. ORDENS MINISTERIAIS: 1ª tonsura: 1941; Ordens menores: subdiaconato (1942) e diaconato (1943). Ordenou-se sacerdote no dia 26 de novembro de 1944, na igreja da Prainha, em Fortaleza-CE, em cerimônia presidida por Dom Antônio de Almeida Lustosa, então arcebispo metropolitano de Fortaleza. O neo-sacerdote Antônio Freire celebrou sua 1ª missa na Igreja da Prainha, em 27 de novembro de 1944. Já sua primeira missa solene, em Capistrano, sua terra natal, ocorreu em 12 de dezembro de 1944. CARGOS EXERCIDOS NA VIDA ECLESIAL: Vigário Cooperador de Quixadá-CE (1945). Professor de RELIGIÃO,e m colégio de Quixadá (1945). Vigário Cooperador e Capelão, em Maranguape (1946); Vigário Cooperador e Capelão, em Cascavel-CE (1946). Vigário de Pitombeiras-CE, em 1947. Vigário de PIQUET CARNEIRO: nomeado, por Dom Antônio Lustosa, em 15.02.1948. Paroquiou nossa terra até 15 de fevereiro de 1955, sendo, desta, o 1º vigário. Após ser vigário de Piquet Carneiro, Pe. Freire assumiu estes compromissos: Capelão de sanatório, em Messejana, em 1955. No mesmo ano (1955) , torna-se professor de religião no Instituto Social dee Fortaleza. Nomeado, em 1964, assistente arquidiocesano do MFC, de Fortaleza. Capelão do Ginásio Nossa Senhora de Lourdes, em Fortaleza (1965). Capelão da igreja do Bairro ELLERY, em Fortaleza, no ano de 1966. Secretário do Ministério Hierárquico - também em Fortaleza - no ano de 1967. Em 1968 é nomeado professor da Faculdade de Filosofia, em Limoeiro do Norte-CE. Auxiliar do capelão da igreja do Pequeno Grande, em cujo cargo, permaneceu, de 1975 até 1981. Professor do Instituto de Ciências Religiosas (1975). Secretário do AARP - Apoio Arquidiocesano de Pastoral, no ano de 1976. Dois anos depois, em 1978, é nomeado Assistente do Secretariado de Preparação do Matrimônio. Em 1981 torna-se auxiliar do Vigário de Mucuripe, na capela do Papicu. Em seguida, no ano de 1982, vê-se auxiliar, do Vigário de Mucuripe, agora em relação à igreja matriz. Tornou-se um colaborador do Jornal O Nordeste, órgão oficial da Arquidiocese de Fortaleza, de 1944 até junho de 1967. Foi o fundador, em 1958, do Movimento Familiar Cristão, em Fortaleza, no ano de 1958. Pe. Antônio Pinheiro Freire faleceu em 19 de janeiro de 1996, sendo sepultado no cemitério São João Batista, de Fortaleza.

DADOS COLIGIDOS POR OSMAR LUCENA FILHO.
FONTE: SALA HISTÓRICA DO ARCEBISPADO DE FORTALEZA.

sábado, 30 de maio de 2009

PARÓQUIA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - PIQUET CARNEIRO-CEARÁ.

COROAÇÃO DE NOSSA SENHORA - 2009

Os fiéis da Paróquia de Piquet Carneiro acorreram, em multidão, à igreja matriz do Sagrado Coração de Jesus, para prestar uma prova de seu filial amor por Maria, no encerramento do mês que lhe é, por tradição, consagrado.

O ato do coroamento da imagem de Maria deu-se no final da missa deste sábado, 30 de maio , vigília de Pentecostes. A eucaristia teve, como presidente, o Pe. José Batista da Silva, adm. paroquial de Piquet Carneiro; já a função de comentarista da celebração foi confiada ao prof. Osmar Lucena Filho, vice-presidente do Apostolado da Oração - Centro local.

Neste 2009, quem coroou, em nome de todos os paroquianos, a imagem de Nossa Senhora de Fátima, foi a garota Camila Ferreira (foto), membro do Movimento Eucarístico Jovem - MEJ.

Não se desconheça o esforço, na realização da solenidade aqui divulgada, da senhora Letícia Alves Lucena, zeladora do Apostolado da Oração; bem como as colaborações de Aparecida, Francisca de Morais, Alfredo Ferreira Vítor e, finalmente, dos pais das crianças e adolescentes, que integram o MOVIMENTO EUCARÍSTICO JOVEM em Piquet Carneiro.

DIVULGAÇÃO: OSMAR LUCENA FILHO

quinta-feira, 28 de maio de 2009



O DOMINGO - 24 DE ABRIL DE 1949


NO SEU ARTIGO DE "CAPA", ENSEJAVA AOS LEITORES UMA BELA MEMSAGEM SOBRE A "FAMÍLIA CATÓLICA".

ACERVO: FRANCISCA DE MORAIS

POSTADO POR

OSMAR LUCENA FILHO

O DOMINGO - EDIÇÃO DE 2 DE JUNHO DE 1946


ARTIGO DE CAPA: REFLEXÃO SOBRE O MÊS CONSAGRADO À DEVOÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS!

ACERVO: FRANCISCA DE MORAIS

POSTAGEM EFETUADA POR: OSMAR LUCENA FILHO

O DOMINGO - EDIÇÃO DE 10 DE FEVEREIRO DE 1952


COMO REPORTAGEM DE CAPA, A PALAVRA DO PAPA, DA ÉPOCA, PIO XII, SOBRE O CONTROVERSO TEMA DO "CONTROLE DA NATALIDADE".

ACERVO: FRANCISCA DE MORAIS

POSTADO POR OSMAR LUCENA FILHO

O DOMINGO - SEMANÁRIO LITÚRGICO-CATEQUÉTICO

EDIÇÃO DO DIA 9 DE ABRIL DE 1939!!!

ARQUIVO: FRANCISCA DE MORAIS

POSTADO POR OSMAR LUCENA FILHO

O DOMINGO - SEMANÁRIO LITÚRGICO-CATEQUÉTICO

EDIÇÃO DO DIA 26 DE ABRIL DE 1953!

TRAZIA, COMO REPORTAGEM "DE CAPA", UMA REFLEXÃO SOBRE O MÊS DE MARIA.

ARQUIVO: FRANCISCA DE MORAIS

POSTADO POR OSMAR LUCENA FILHO

O DOMINGO - SEMANÁRIO LITÚRGICO-CATEQUÉTICO (5)

EDIÇÃO DO DIA 29 DE JUNHO DE 1947

REFLEXÃO SOBRE O PAPEL DO PAPA NA IGREJA, ISTO É, O MINISTÉRIO PETRINO, POR ELE EXERCIDO: PAI, MESTRE E PASTOR DA HUMANIDADE.

PIO XII ERA, NA OCASIÃO, O SUMO PONTÍFICE GLORIOSAMENTE REINANTE.

ARQUIVO: FRANCISCA DE MORAIS

POSTAGEM: OSMAR LUCENA FILHO

JORNAL "O DOMINGO" - SEMANÁRIO LITÚRGICO-CATEQUÉTICO (4)

EDIÇÃO QUE CIRCULOU EM DATA DE 26 DE FEVEREIRO DE 1950, TRAZENDO UMA REFLEXÃO SOBRE A VOCAÇÃO PARA O MATRIMÔNIO.

ARQUIVO: FRANCISCA DE MORAIS

POSTADO POR OSMAR LUCENA FILHO

O DOMINGO - SEMANÁRIO LITÚRGICO-CATEQUÉTICO (3)

EDIÇÃO DO JORNAL "O DOMINGO", PUBLICADA EM 27 DE NOVEMBRO DE 1949.

ARQUIVO CEDIDO POR FRANCISCA DE MORAIS

POSTADO POR OSMAR LUCENA FILHO

O DOMINGO - SEMANÁRIO LITÚRGICO-CATEQUÉTICO (2)

AQUI, NA SUA EDIÇÃO DO DIA 30 DE MAIO DE 1954
!!!

TRAZENDO, LOGO EM SUA PÁGINA INICIAL, NOTÍCIA DA CANONIZAÇÃO DO PAPA PIO X.

ARQUIVO GENTILMENTE CEDIDO POR FRANCISCA DE MORAIS.

POSTADO POR OSMAR LUCENA FILHO


O DOMINGO - SEMANÁRIO LITÚRGICO-CATEQUÉTICO (1)

AQUI, UM EXEMPLAR ANTIGUISSIMO DO JORNALZINHO "O DOMINGO", COM DATA DE 19 DE JUNHO DE 1949.


NA ÉPOCA, COMO A MISSA ERA CELEBRADA EM LATIM, O FAMOSO "PERIÓDICO" VINHA RECHEADO DE TEXTOS E MENSAGENS VOLTADOS PARA A FORMAÇÃO DOS CATÓLICOS.


OBSERVAÇÃO:

CLICAR NA GRAVURA, PARA AMPLIÁ-LA,E, ASSIM, TER ACESSO AO CONTEÚDO.

ARQUIVO GENTILMENTE CEDIDO POR FRANCISCA DE MORAIS - PARÓQUIA DE PIQUET CARNEIRO.

quarta-feira, 27 de maio de 2009



PÁGINAS 2 E E DO JORNAL "O SEMEADOR" - ÓRGÃO FIRMATIVO E INFORMATIVO DA PARÓQUIA DE PIQUET CARNEIRO.
O SEMEADOR, LANÇADO EM OUTUBRO/NOVEMBRO DE 2008, CHEGA, NESTE MÊS DE MAIO, À SUA 4ª EDIÇÃO.
VAMOS DIVULGÁ-LO MAIS E MAIS!
DEPENDERÁ DE SUA COLABORAÇÃO FINANCEIRA, A POSSIBILIDADE DE O EDITARMOS MENSAMENTE!


JORNAL "O SEMADOR" - ÓRGÃO FORMATIVO E INFORMATIVO DA PARÓQUIA DE PIQUET CARNEIRO
4ª EDIÇÃO - MESES DE ABRIL E MAIO DE 2009
LEIA E DIVULGE!
COLABORE CONOSCO PARA QUE NOSSO JORNAL POSSA VIR A SER PUBLICADO MENSALMENTE!
DÊ SUA OFERTA!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

PARA LER E REFLETIR - 1

AGENDA DA SABEDORIA - PARA LER E REFLETIR

1 - "Não existe um caminho para a paz; a paz é o caminho."
Mahatma Gandhi

2 - "A palavra tem força quando vem acompanhada das obras"
Santo Antônio de Pádua

3 - Quem reconhece os próprios erros prova que hoje tem mais sabedoria que ontem - Tomás de Kempis

4 - Uma religião de missa dominical, mas de semanas injustas, não agrada ao Senhor. (Dom Oscar Romero)

5 - Nunca estaremos sós enquanto conservarmos um sonho a realizar. (Raul Follereau)

6 - A fortuna é como o vidro; tem, como ele, o brilho e a fragilidade. (Públio Siro)

7 - O preconceito é uma opinião sem julgamento. (Voltaire)

8 - A pedra e a palavra não retornam depois de lançadas. (Ditado popular)

9 - Tudo o que você diz fala de você. Principalmente quando fala do outro. (Paul Valéry)

10 - De nada adianta correr, se estamos na estrada errada. (Provérbio alemão)

11 - Quando me aceito como sou, já estou me modificando.
(Carl Rogers)

12 - A criança é um espelho que reflete a atitude dos pais. (Frei Anselmo Fracasso)

13 - A morte é um sinal de igual na equação da vida. (Malba Tahan)

14 - Quem faz, erra algumas vezes; mas, quem não faz, erra continuamente. (Beato Pe. Tiago Alberione)

15 - Só por hoje terei o máximo cuidado no meu modo de tratar os outros, serei delicado de todas as maneiras; não criticarei ninguém senão a mim; não pretenderei melhorar ou disciplinar ninguém senão a mim.
(Beato Papa João XXIII)

Fonte: Folhinha do Saagrado Coração de Jesus - Editora Vozes - 2006.
Postado por Osmar Lucena Filho
ARTIGO DE AUTORIA DO PROF. ANTÔNIO FIRMINO DE SOUZA

"MARIA, MEDIANEIRA NOSSA"

O fenômeno religioso é inerente a toda humanidade e abrange povos do mundo inteiro. Entre as várias formas de expressão de crenças, está o Cristianismo, tendo, como centro, Jesus Cristo, que, como VERBO, coexistiu com o Pai desde a eternidade e, gerado no seio de Maria, assume a condição humana.

É reconhecido o papel importante que Maria teve na História da Salvação. Foi a ponte entre o Divino e o humano, fator preponderante que explica o motivo dos seguidores de Jesus, de modo especial, os fiéis católicos, dispensarem uma devoção tão fervorosa a Maria.

A presença de Maria torna-se indispensável para a expressão da fé dos cristãos; seu rosto passou a simbolizar a esperança de tantos rostos que esperam o encontro definitivo com Jesus.

Essa sensibilidade da devoção mariana é visível na variedade de formas e conteúdos que o povo encontra para registrar seu afeto por Maria: os gestos, as rezas, o terço, a literatura, as procissões e as imagens. Nestas, os artistas sintetizam as manifestações de fé do povo, seja ele o índio, o negro, o branco, o rico ou o pobre, perpassando toda a história.

Cada geração é diferente da outra, cada época cultiva seus próprios valores; porém, a presença de Maria é constante, e seu significado, imutável. Maria foi, é, e continuará sendo, a mediadora entre o povo e seu Filho , Jesus Cristo.

Leva-nos a refletir, o fato de Maria quase nunca aparecer sozinha nas imagens. Há sempre algo maior com ela: O Menino-Deus, uma estrela, uma auréola... Enfim, podemos ver que Maria, embora cultuada de várias formas e sob vários títulos, não quer chamar atenção para ela mesma, não se coloca como salvadora, mas, como na festa de cana da Galileia (Jo 2, 1-12), quer estar sempre atenta às necessidades das pessoas. Há quem diga que a presença de Maria simboliza o "olhar materno de Deus sobre a humanidade."

Prof. Antônio Firmino de Sousa
Paróquia de Piquet Carneiro.

FESTA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
PADROEIRO DE PIQUET CARNEIRO
DE 10 A 19 DE JUNHO DE 2009
ROTEIRO DO NOVENÁRIO
1º DIA - 10 de junho de 2009 - Quarta-feira18h - Carreata festiva (saindo da Avenida José Chagas Filho).Tema: FELIZES OS QUE TEM FOME E SEDE DE JUSTIÇA, PORQUE SERÃO SACIADOS. Textos p/ meditação: Mt 5, 1-11. Pregador: Pe. José Batista da Silva (adm. paroquial) Responsáveis pela parte social: PJMP e BAIRRO PIQUEZINHO. Animação litúrgica: Antônio e Corrinha

2º DIA - 11 de junho de 2009 - Quinta-feira. Missa de Corpus Christi - 17h. Tema: A JUSTIÇA DE DEUS É SEGURANÇA PARA OS POBRES. Procissão de Corpus Christi: Av. Alfredo Franco e Bairro Rancho Verde. Pregador: Osmar Lucena Filho (Vice-presidente do Apostolado da Oração). Responsáveis pela parte social: Secretaria da Saúde e Bairro Rancho Verde. Animação litúrgica: Damasceno Santos
3º DIA - 12 de junho de 2009 - Sexta-feira. Tema: JESUS É O CAMINHO DA PAZ. Textos para meditação: Lc 1, 67-79; Is 9, 3-6; Sl 15. Pregador: Pe. Afonso Queiroga da Silva (Paróquia de Catarina) Responsáveis pela parte social: ECCAnimação litúrgica: ECC. Caminhada e Missa - 4:30h - Destino: Alto dos Maias (Casa de Luiz da Lenha).

4º DIA - 13 de junho de 2009 - Sábado. Tema: BUSCAR A JUSTIÇA DO REINO DE DEUSTextos para meditação: Mt 6, 25-34; Rm 14, 16-19; Sl 89. Pregador: Pe. Teixeira. Responsáveis pela parte social: Rua Zacarias Pinheiro. Animação litúrgica: ECC. Caminhada e Missa - 4:30h - Destino: Rancho Verde (Casa de Zuleide).

5º DIA - 14 de junho de 2009 - Domingo. Tema: A JUSTIÇA, CAMINHO DO REINO DOS CÉUSTextos para meditação: Mt 5, 20-25; Is 11, 1-9; Sl 103. Pregador: Pe. Antônio Fernandes do Nascimento (Paróquia de Mombaça). Responsáveis pela parte social: Pastoral da Criança, Mãe Rainha, Legião de Maria, Bairro João Paulo II e Rua Moreira PintoAnimação litúrgica: Pastoral da Criança. Caminhada e Missa - 4:30h - Destino: Rua Euclides Pimenta (Casa de Corrinha)

6º DIA - 15 de junho de 2009 - Segunda-feiraTema: JESUS NOS DÁ A SUA PAZ. Textos para meditação: Jô 14, 27-29; Ef 2, 13-18, Sl 120. Pregador: Pe. Lázaro Augusto Luzno Nogueira (Paróquia de Senhora Santana - Iguatu) Responsáveis pela parte social: Secretaria da Ação Social, Alto do Bem-te-vi e Alto dos Maias. Animação litúrgica: Coral Sagrado Coração de Jesus Caminhada e Missa - 4:30h - Destino: Piquezinho (Casa de Socorro).

7º DIA - 16 de junho de 2009 - Terça-feira. Tema: OS CRISTÃOS, ANUNCIADORES DA PAZTextos para meditação: Lc 10, 1-6; Fil 4, 4-9; Sl 146. Pregador: Pe. Francisco Glauberto (Pároco da Sé Catedral de São José, de Iguatu). Responsáveis pela parte social: Terço dos Homens, Apostolado da Oração, Movimento Eucarístico Jovem (MEJ) e Secretaria da Educação.Animação litúrgica: Coral Sagrado Coração de Jesus. Caminhada e Missa - 4:30h - Destino: Rua Cícero Alencar (Casa de Osmar Pereira de Lucena)

8º DIA - 17 de junho de 2009 - Quarta-feiraTema: PRATICAR A JUSTIÇA E O AMOR DE DEUS. Textos para meditação: Lc 11, 37-42; 1 Jo 3, 7-10; Sl 4. Pregadora: Francisca Gomes de Morais (Presidente do Apostolado da Oração). Responsáveis pela parte social: Comerciantes, Av. José Chagas Filho e Rua Cícero Alencar, Vital de Brito e Valdemiro Alves das Flores. Animação litúrgica: Coral Sagrado Coração de JesusCaminhada e Missa - 4:30h - Destino: Alto Alegre (Casa de Luciválbia)

9º DIA - 18 de junho de 2009 - Quinta-feira. Tema: VIVEM EM PAZ COM OS IRMÃOS.Textos para meditação: Mc 9, 42-50; Tg 3, 13-18; Sl 37. Pregador: Pe. Joãozinho. Responsáveis pela parte social: CEBs e Comunidade em geral. Animação litúrgica: Wilson e CEBs. Caminhada e Missa - 4:30h - Destino: Av. José Chagas Filho (Casa de Cristina)

ENCERRAMENTO DO NOVENÁRIO

SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUSDIA: SEXTA-FEIRA, 19 DE JUNHO DE 2009MISSA SOLENE: 9h. PRESIDENTE DA CELEBRAÇÃO: DOM JOÃO JOSÉ DA COSTA (NOSSO BISPO DIOCESANO)PROCISSÃO COM A IMAGEM DO PADROEIRO: 16hLOCAIS QUE SERÃO PERCORRIDOS: RUAS CÍCERO ALENCAR, VITAL DE BRITO, VALDIMIRO ALVES DAS FLORES, AV. JOSÉ CHAGAS FILHO E BAIRRO PIQUEZINHO.
CRISTO VIVE!
CRISTO REINA!
CRISTO IMPERA!
Informou: Pe. José Batista da Silva
Administrador Paroquial de Piquet Carneiro
POSTADO POR
OSMAR LUCENA FILHO
CONCLAVE DE 2005 (O 1º DO MILÊNIO) - ELEIÇÃO DE BENTO XVI

O Conclave que elegeu o 265º Papa durou, apenas, dois dias: 18 e 19 de abril de 2005.

Tratava-se da escolha do sucessor do grande Papa João Paulo II, que governara a Santa Igreja por 26 anos (de 16.10.1978 a 2.04.2005).

O colégio Cardinalício não titubeou: mirou-se, de imediato, na figura eminente, do cardeão alemão, Josefh Ratzinger, grande colaborador de João Paulo II. Ratzinger, de fato, residia em Roma, desde 1982, quando o Papa Wojtyla o chamou a assumir a chefia de um delicado "Dicastério" da Cúria Romana: A Congregação para a Doutrina da Fe (antiga Inquisição). T

Teólogo renomado, Ratzinger chegou a tomar parte, ativamente, do Concílio Ecumênico Vaticano II (realizado, em Roma, de 1962 a 1965), na qualidade de consultor teológico do então cardeal-arcebispo de Colônia, Alemanha, Joseph Frings.

Ordenado Sacerdote em 29 de junho de 1951, logo viria a desenvolver uma brilhante carreira nos centros academicistas, tendo lecionado em importantes universidades européias: " em Bonn, de 1959 a 1963; em Münster, de 1963 a 1966; e em Tubinga, de 1966 a 1969. A partir deste ano de 1969, passou a ser catedrático de dogmática e história do dogma na Universidade de Ratisbona, onde ocupou também o cargo de Vice-Reitor da Universidade." (Cf. Site do Vaticano).

Em 1977, por escolha do Papa Paulo VI, Ratzinger ascendeu ao episcopado, tornado-se arcebispo de München e Freising; ainda em 1977, o mesmo Sumo Pontífice, Paulo VI, "criou-o Cardeal, do título presbiteral de “Santa Maria da Consolação no Tiburtino”, no Consistório de 27 de Junho." (Cf. ibidem).

Ao ser eleito no Conclave de abril de 2005, o cardeal Ratzinger escolheu o nome de BENTO XVI, querendo, desta maneira, homenagear um distante predecessor seu na Cátedra de Pedro: o Papa Bento XV, que muito fez pela Paz, no curso de um pontificado que, tendo durado de 1914 a 1922, coincidiu, infelizmente, com os anos de "fogo e de destruição", da 1ª Guerra Mundial.

Bento XVI visitou o Brasil em maio de 2007, quando abriu os trabalhos inerentes à realização da V Conferência do Episcopado Latino-Americano e do Caribe.


Texto: Prof. Osmar Lucena Filho


domingo, 24 de maio de 2009

2º CONCLAVE DE 1978: ELEIÇÃO DO PAPA JOÃO PAULO II

João Paulo I morreu, como estamos lembrados, na noite do seu 33º dia à frente do Governo da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, que caiu no dia 28 de setembro de 1978. Assim, os membros do colégio cardinalício tiveram, novamente, que se reunir, na Capela Sistina, para proceder à escolha do sucessor do Papa Luciani (João Paulo I).
Estava-se em 14 de outubro de 1978. Dois depois, no dia 16, os cardeais já não tinham mais do que duvidar: o homem certo para aquela hora, de tempos dramáticos, era, de fato, o cardeal-arcebispo de Cracóvia, na Polônia, KAROL JOSEF WOJTYLA. E Woytyla, havendo recebido cerca de cem votos (dos 110 eleitores), resolveu chamar-se JOÃO PAULO II. O que veio a seguir, dispensa maior comentário para essa nossa postagem: um brilhante papado. Com seu carisma, João Paulo II contagiou-nos a todos. Só ao Brasil, veio três vezes: 1980, 1991 e 1997. Escreveu importantes encíclicas, de cunho social, teológico, moral. Promoveu muitos encontros sinodais. Enfim, um grande papa, à altura dos tempos em que viveu.Morreu cercado da admiração dos Homens dos séculos XX e XXI, aos 84 anos, no dia 2 de abril de 2005.

O PONTIFICADO DE JOÃO PAULO II EM NÚMEROS



"O Pontificado de João Paulo II foi o quarto mais longo da história da Igreja, atingindo 27 anos e encerrando com a morte do papa em 2 de abril de 2005. Durante o período, Karol Wojtyla visitou 129 países, escreveu 14 encíclicas, proclamou 476 santos e 1.318 beatos. Os números deste Papado "de recordes" são os seguintes:

- Quarto pontificado mais longo da história da Igreja.

- 102 viagens realizadas pelo mundo.

- 1,7 milhão de quilômetros percorridos de avião, carro, navio e até de ferry boat, o que corresponde a 31 voltas ao redor da Terra e 3,23 vezes a distância entre a Terra e a lua.

- 129 países visitados.

- 617 povoados, cidades e santuários.

- 2 anos e 8 meses de viagens.

- 143 viagens realizadas pela Itália.

- 738 chefes de Estado com os quais se reuniu.

- 246 primeiros-ministros recebidos em audiência.

- 400 milhões de pessoas o viram em Roma ou durante suas viagens, sem falar daqueles que lhe apertaram a mão ou o acariciaram.

- 17,6 milhões de fiéis de todo o mundo que assistiram às audiências públicas das quartas-feiras.

- 1,160 audiências públicas celebradas no Vaticano.

- 14 Encíclicas publicadas.

- 15 Exortações Apostólicas.

- 45 Cartas Apostólicas.

-11 Constituições Apostólicas.

- 18 Motu proprio (documentos sobre questões do governo da Igreja).

- 5 livros escritos durante o Pontificado.

- 147 cerimônias de beatificação.

- 1,338 beatos proclamados.

- 51 cerimônias de canonização.

- 482 santos elevados à glória dos altares.

- 9 consistórios convocados para a nomeação de 201 cardeais.

- 9 consistório, durante os quais criou 231 cardeais.

- 6 reuniões plenárias do Colégio Cardinalício celebradas.

- 6 Sínodos de bispos ordinários celebrados.

- 1 Sínodo de bispos extraordinários celebrado.

- 8 assembléias especiais de bispos celebradas.

- 1 Sínodo de bispos particular celebrado."

FONTE DESTA INFORMAÇÃO: http://noticias.terra.com.br/mundo/mortedopapa/interna/.

O PRIMEIRO CONCLAVE DE 1978

O PRIMEIRO CONCLAVE DE 1978

O Papa João Paulo I, por sua simplicidade, humildade e, sobretudo, pelo sorriso encantador, que sempre mantinha no momento de uma interlocução, passou à História, não obstante a fugacidade de seu reinado - de apenas 33 dias! - como o Papa-Sorriso.
Luciani foi eleito no dia 26 de agosto de 1978, para suceder a Paulo VI. Acerca da supresa com que acolheu essa nomeação de seus pares (expressão, claro, da vontade de Deus), João Paulo I, por ocasião do Angelus Domini do domingo, 27 de agosto de 1978, recitado do Balcão das Bênçãos, que dá para a Praça de São Pedro, assim falou:

"Ontem de manhã fui para a Sistina votar tranquilamente. Nunca poderia imaginar o que estava para acontecer. Apenas começou o perigo para mim, os dois Colegas que estavam ao meu lado sussurraram-me palavras de coragem. Um disse: "Coragem! Se o Senhor dá um peso, concede também a ajuda para levá-lo". E o outro Colega: "Não tenha receio, em todo o mundo há tanta gente que ora pelo Papa novo". Chegado o momento, aceitei. Depois tratou-se do nome, porque é perguntado também que nome se quer tomar, e eu pouco tinha pensado.
Fiz então este raciocínio: o Papa João quis consagrar-me com as suas mãos, aqui na Basílica de São Pedro; depois, se bem que indignamente, em Veneza, sucedi-lhe na Cátedra de São Marcos, naquela Veneza que ainda está inteiramente cheia do Papa João. Recordam-no os gondoleiros, as Irmãs, todos. Depois o Papa Paulo não só me fez Cardeal, mas alguns meses antes, numa das pontes então colocadas na Praça de São Marcos, fez que me pusesse todo vermelho diante de 20.000 pessoas, porque levantou a estola e ma lançou sobre os ombros! Nunca me tinha posto tão vermelho! Por outro lado, em 15 anos de pontificado, este Papa mostrou, não só a mim, mas a todo o mundo, como se ama, como se serve, como se trabalha e como se sofre pela Igreja de Cristo.
Por isso, disse: "Chamar-me-ei João Paulo". Eu não tenho nem "a sabedoria de coração" do Papa João, nem a preparação e a cultura do Papa Paulo. Estou, porém, no lugar deles e devo procurar servir a Igreja. Espero que me ajudeis com as vossas orações."

João Paulo I morreu na noite de 28 de setembro de 1978.


Texto: OSMAR LUCENA FILHO

sexta-feira, 22 de maio de 2009


O CONCLAVE DE 1963: ELEIÇÃO DE PAULO VI
O Conclave que se seguiu à morte de João XXIII foi dos mais breves da História da Igreja, e um dos que menos causaram surpresa em relação, claro, ao cardeal eleito: GIOVANNI BATISTA MONTINI.
Montini, em 1963, era, como Pacelli, em 1939, o cardeal mais em evidência, ante os olhos do Sacro Colégio, e até do mundo laico, pela sua habilidade pastoral e diplomática.
Verdade é que, em 21 de junho de 1963, que coincidiu com a solenidade do Sagrado Coração de Jesus, o cardeal Montini tornou-se o Papa Paulo VI. Ele estava, desde 1954, no alto posto de Arcebispo de Milão (antiga cátedra dos santos Ambrosio e Carlo Borromeo).
O Habemus Papam - anúncio oficial da eleição de um Sumo Pontífice, que vem da Idade Média! -, desta feita , foi realizado pelo Cardeal Alfredo Otaviani.
Paulo VI foi o último papa a ser coroado com a tríplice TIARA (coroa papal). Isso foi em 30 de junho de 1963.
O grande ato do reinado de Paulo VI - que durou 15 anos! - foi, não há dúvida, a conclusão do Concílio Ecumênico Vaticano II, iniciado por seu antecessor, João XXIII.
O Papa Montini levou a bom termo a importante reunião conciliar, encerrando-a, solenemente, no dia da Imaculada, 8 de dezembro, de 1965.
Paulo VI tornou-se o primeiro pontífice dos tempos modernos a viajar de avião. Sua primeira viagem foi à Terra Santa, em 1964. Houve, assim, um ciclo de Viagens Pastorais ao redor do mundo, tendo ele realizado o último périplo, no ano de 1970, com uma ida ao extremo Oriente.
Em 1967, Paulo VI instituiu o Sínodo dos Bispos.
Os documentos importantes do seu magitério pontifício foram estes: Populorum Progressio (de 1967, encíclica social sobre o "desenvolvimento dos povos"); Humanae Vitae (a polêmica encíclica , redigida em 1968, sobre o "controle" da natalidade); Octogesima Adveniens (de 1971, sobre os 80 anos da Rerum Novarum, a grande encíclica social de Leão XIII); Evangelii Nuntiandi (escrita em 1975, praticamente no final do seu papado, que reúne as decisões pastorais do Sínodo dos Bispos de 1974, sobre a Evangelização no mundo de hoje). Um dos mais belos textos já redigidos, acerca da atividade, eminentemente evangelizadora, da Igreja Católica.
Paulo VI morreu em Castel Gandolfo (residência estiva dos papas) no dia 6 de agosto de 1978, aos 80 anos (completaria 81 em setembro). Suas solenes exéquias aconteceram no dia 12 seguinte, sob a presidência do cardeal Carlo Confalonieri, então decano do Sacro Colégio Cardinalício.
Texto redigido e postado pelo Prof. Esp. Osmar Lucena Filho

sábado, 16 de maio de 2009

O CONCLAVE DE 1958
ELEIÇÃO DO PAPA JOÃO XXIII

Pio XII morreu em 9 de outubro de 1958 deixando no "ar" a sensação de ser alguém "insubstituível", dada a magnitude de sua sapiência, no conduzir os destinos da Igreja, durante 19 anos, de 1939 a 1958.
Mas os cardeais reunidos em Conclave não demoraram em face da tarefa de escolher o substituto do Papa Pacelli (Pio XII): no dia 28 de outubro de 1958, ao terceiro dia de votação, a "sfumata bianca" (fumaça branca) já era visível sob a chaminé da Capela Sistina, sinal evidente de que a catolicidade tinha um novo guia. O eleito foi o cardeal-arcebispo de Veneza, ANGELO GIUSEPPE RONCALLI, que adotou o nome de João XXIII. Tinha 77 anos. Roncalli havia recebido 40 votos.
Coube ao cardeal Tisserant, decano do Sacro Colégio, perguntar ao neo-eleito se ele aceitava o Supremo Pontificado e com que nome gostaria de ser reconhecido. Roncalli respondeu em latim: "Ao escutar tua voz, eu fremi e tremi. O que sei de minha pobreza e de minha humildade, basta para confundir-me. Mas, vendo nos votos de meus irmãos, os eminentíssimos cardeais da Santa Igreja Romana, o sinal da vontade de Deus, aceito a eleição que fizeram: baixo a cabeça e curvo a espinha diante do cálice da amargura e sob o peso da cruz. Na solenidade da festa de Cristo-Rei, cantamos todos: o Senhor é nosso juiz, o Senhor é nosso legislador, o Senhor é nosso rei: Ele nos salvará..."
Em resposta à segunda pergunta, sob qual nome reinaria, Roncalli disse: "Veneráveis irmãos, eu me chamarei João (em latim: Vocabor Ioannes!). Este nome nos é doce, porque é o nome de nosso pai. Ele nos é doce, porque é o título da humilde paróquia onde recebemos o batismo. É o nome solene de inúmeras catedrais espalhadas pelo mundo inteiro, e, em primeiro lugar, da santa e sagrada basílica de Latrão, nossa catedral. É o nome que na longuíssima série dos pontífices romanos, goza da primazia numérica. Com efeito, 22 soberanos pontífices, que se chamaram João e cuja legimitidade é indiscutível, são enumerados. Preferimos cobrir a pouca importância de nosso nome atrás desta magnífica sucessão de pontífices romanos. E São Marcos Evangelista, glória e protetor de nossa muita querida Veneza, aquele que São Pedro, príncipe dos apostólos e primeiro bispo da Igreja Romana, amava como um filho, não se chamava, ele também, João? Mas nós amamos o nome de João, que nos é caro e a toda a Igreja, muito particularmente pelo fato de que nos foi trazido por dois homens que estiveram pertinho de Cristo, Senhor Redentor divino do mundo e fundador da Igreja. João Batista, o precursor de Nosso Senhor. Ele não era certamente a luz, mas era a testemunha da luz. Foi verdadeiramente uma testemunha invIcta de verdade, de justiça, de liberdade, na prédica, no batismo, na penitência, no sangue vertido. E o outro João, o discípulo e o evangelista querido de Cristo e de sua dulcíssima mãe e que, quando da última Ceia, colocou sua cabeça no ombro Senhor e daí tirou esta caridade que, até a sua velhice extrema, foi uma chama viva e apostólica. Que Deus queira que a voz dos dois Joões se faça ouvir em toda a Igreja pelo nosso humilde ministério pastoral, que sucede àquele, bem conduzido de maneira tão bela pelo nosso lastimado predecessor Pio XII. (...) Deus queira nos conceder, na sua benevolência, veneráveis irmãos, que nós, que trazemos o mesmo nome do primeiro desta série de soberamos pontífices, possamos, com a ajuda da graça divina, ter a mesma santidade de vida e a mesma força de espírito que ele, à efusão do sangue, se agradasse a Deus que assim fosse." ( Cf. História Secreta dos Conclaves - Paz e Terra - 1971).
"Uma emoção silenciosa, conta o cardeal Gerlier, apoderou-se todo o conclave que realizou o que era uma grande hora para a Igreja... Estava, pois, feito. O cardeal Roncalli tornou-se o Papa João XXIII, o chefe da Igreja, o Pai de todas as almas, o Vigário de Jesus Cristo." (Cf. História Secreta dos Conclaves - Paz e Terra - 1971).
O momento culminante do papado de João XXIII foi, sem dúvida, a convocação do Concílio Ecumênico Vaticano II, por ele solenemente inagurado no dia 11 de outubro de 1962.
"João XXIII era devorado por uma moléstina interna. Havia um ano, tinha crises hemorrágicas devidas a um câncer. A 22 de maio de 1963, ele apareceu pela última vez em público, à janela de seu escritório. Na noite de 30 para 31 de maio, seu estado agravou-se repentinamente em consequencia de uma inflamação generalizada do peritônio, consecutiva à difusão da heteroplasia do estômago. A 31 de maio, com plena lucidez, recebeu os últimos sacramentos e ofereceu sua vida pelo bom êxito do Concílio e para a paz entre os homens. Morreu a 3 de junho de 1963, às 19 horas e 49 minutos, dez minutos antes do fim da missa que se elebrava, em sua intenção, na praça de São Pedro, diante de uma enorme multidão." (Cf. História Secreta dos Conclaves - Paz e Terra - 1971).
Escreveu duas encíclicas memoráveis: Mater et Magistra (Mãe e Mestra), em 15 de maio de 1961; e Pacem in Terris (Paz na Terra), de 11 de abril de 1963.
Em setembro de 2000, o papa João Paulo II o beatificou.
Em janeiro de 2001, João XXIII teve seu corpo exumado, quando, para surpresa geral, estava, de todo, bem preservado. Está exposto, numa urna de vidro, à visitação dos peregrinos, no altar de São Jerônimo, na Basílica de São Pedro.
Pesquisa e texto deste artigo: OSMAR LUCENA FILHO

sexta-feira, 15 de maio de 2009

CONCLAVES - SÉCULO XX
O CONCALVE DE 1939, NO QUAL FOI ELEITO O PAPA PIO XII (FOTO)
O conclave de 1939, do qual emergiu a grande figura, que foi o Papa Pio XII, em muitos aspectos se assemelhou ao de 1914, época em que foi eleito Bento XV, pois ambos papas ascenderam ao Trono de São Pedro num momento obscuro da História: às vésperas dos conflitos mundiais.
Era 1º de março de 1939, às 18h, quando 63 cardeais entraram na Capela Sistina, para a escolha do sucessor de Pio XI, papa morto em 10 de fevereiro.
Mas, já no segundo dia do Conclave, 2 de março, os cardeais escolheram o novo chefe da Igreja, na pessoa do eminente cardeal EUGENIO PACELLI, que, em homenagem ao antecessor, do qual fora Secretário de Estado, optou, também, pelo nome PIO. O protodiáco, que fez o anúncio do Habemus Papam, foi o cardeal Caccia Dominioni. Pio XII tinha 63 anos, e vinha de uma longa experiência diplomática, porque tinha sido núncio e enviado diplomático a vários países. Falava, fluentemente, 6 ou 7 línguas. Seu magistério pontifício nada deixou escapar em matéria filosófica e/ou teológica. Falou sobre tudo! Temas como medicina, esporte, teatro, televisão, cinema, questões sociais, questões teológocas etc etc etc, encontraram, em Pio XII, um forte orador. Afirma-se que esse papa teve visões com Cristo e Maria.
Vejamos o que nos fala o professor Paul Lesourd, antigo professor da Universidade Católica de Paris, e um dos autores do livro História Secreta dos Conclaves, sobre o Papa Pio XII:
"Foi dado a um de nós aproximar-se várias vezes de Pio XII. Bastava ter conversado alguns minutos com ele para, durante o resto da vida jamais esquecer seu olhar, suas longas mãos finas e toda sua atitude. Dava a impressão de um ser intermediário entre o céu e a terra. Sua bela inteligência era acompanhada de um julgamento seguro e reto, de uma ponderação, de um equilibrio de suas faculdades e de um domínio de si inigualáveis. Jamais o viram, cremos nós, abandonar sua calma e e sua gravidade. Sua silhueta alta e esguia inclinava-se para seus visitantes com uma cortesia e simplicidade encantadiras. Era dotado de uma memória extraordinária que lhe permitia guardar de cor, sem nenhuma dificuldade, discursos extremamente longos, que recitava com facilidade em qualquer das 6 ou 7 línguas que falava corretamente. (...) Grande trabalhador como seus predecessores imediatos, estava à sua mesa de trabalo cedinho pela manhã, tarde pela noite adentro e não a deixava quase, senão para o seu passeio quotidiano a pé. O que havia de rico na sua fisionomia em tempo normal iluminava-se com um fino sorriso, acompanhado de uma doçura cheia de encanto, quando falava à gente, quando nos fazia perguntas, quando nos mostrava, com uma notável precisão, que lia atentamente tudo o que passava debaixo de sua vista. Excelente orador, repassava toda sua alma em suas palavras, buscando, por assim dizer, captar numa rede todas as almas. Intransigente acerca dos princípios e da doutrina, incapaz de tolerar a menor complacência, sua firmeza não excluía jamais a flexibilidade, pois que temperada pela caridade apostólica."
O dogma da Assunção de Maria foi proclado por Pio XII no dia 1º de novembro do Ano Santo, em 1950, pela Constituição Apostólica Munificentissimus Deus.
Ainda acerca do rico magistério pontifício de Pio XII, convém lembrar que suas encíclicas, exortações apostólicas, discursos, enfim, todo o conjunto dos textos que ele produziu, é o que vem, depois da Bíblia, mais citado, nos documentos do Concílio Vaticano II, numa prova incontestável do rico patrimônio cultural que esse pontífice legou aos homens do seu e do nosso tempo...
Pio XII faleceu em Castelgandolfo (residência de verão dos papas) a 9 de outubro de 1958.
UM
TEXTO & PESQUISA:
Osmar Lucena Filho

quinta-feira, 14 de maio de 2009

HISTÓRIA DOS CONCLAVES - SÉCULO XX
O CONCLAVE DE 1922: NO QUAL FOI ELEITO PIO XI, O 259º PAPA DA HISTÓRIA DA IGREJA
Foi na noite da candelária (Nossa Senhora das Candeias), dia 2 de fevereiro de 1922, que se abriu o conclave em face da sucessão de Bento XV. 53 cardeais adentraram a famosa Capela Sistina, construída a mando do Papa Sisto IV, no século XV; templo esse, caprichadamente decorado pelo gênio de Michelangelo, no século XVI.
Na 14ª votação, no dia 6 de fevereiro de 1922, a "fumaça branca" - tradição que vem do século XVIII - anunciava URBI ET ORBI (à cidade de Roma e ao mundo) que um novo Papa acabara de ser eleito, e se chamaria PIO XI. Mas, afinal de contas, de quem se tratava? do cardeal AMBROGIO DAMIANO (Ambrósio Damião) ACHILLE RATTI, um antigo bibliotecário, ex-núncio apostólico na Polônia, e recentíssimo cardeal-arcebispo de Milão - pois ele estava, de fato, fazia poucos meses, nesse posto de comando.

Ao justificar o nome que adotara como papa, PIO XI, ele falou desta maneira: " Sob o pontificado de Pio IX, eu fui batizado na Igreja Católica, e fiz meus primeiros passos para a carreira eclesiástica. Pio X chamou-me a Roma. Pio é um nome de paz. Assim, desejoso de votar meus esforços à obra de pacificação, à qual se consagrou meu antecessor Bento XV, eu escolho o nome de Pio XI.". (Cf. História Secreta dos Conclaves. Paz e Terra. 1971.).

O anúncio oficial de sua eleição - o HABEMUS PAPAM - foi realizado pelo cardeal Gaetano Bisleti (então protodiácono do Sacro Colégio). Um novidade: Pio XI resolveu dar a sua 1ª bênção URBI ET ORBI, a partir da sacada "externa" da Basílica de São Pedro (a última bênção papal aí efetuada, havia sido dada antes de 1870, pelo Papa Pio IX).
O maior feito deste papado ficou por conta da assinatura do famoso "Tratado de Latrão", assinado em 11 de fevereiro de 1929, por Mussolini e Pio XI (representado, na ato diplomático supra, pelo seu dinâmico Secretário de Estado, o cardeal Gasparri) pelo qual foi criado o Estado do Vaticano.
Outro fato marcante deste pontificado foi a inauguração da Rádio do Vaticano, em 12 de fevereiro de 1931, a cuja solenidade compareceu Marconi, o inventor do rádio. Pio XI tornava-se, assim, o primeiro papa a servir-se das ondas do éter, para multiplicar o poder de sua palavra de Pai e Pastor de todos os crentes.

Pio XI "era de um temperamento vigoroso, de constituição forte. Gostava de caminhar à luz e ao ar livre, habituado a praticar alpinismo para repousar de seus trabalhos de bibliotecário. Era, além do mais, de aspecto gravepouco expansivo, falava lentamente, como se pesasse todas as suas palavras. Muito ordenado. Muito calmo. Muito seguro de si. Era dotado de um poder de trabalho extraordinário, estudando as questões com cuidado e lentidão e só tomando as decisões após ter minuciosamente estudado todas as peças do dossiê. (...) Era autoritário e pessoal." (Cf. História Secreta dos Conclaves - Editora Paz e Terra. 1971.)

O lema papal de Pio XI era "RAPTIM TRANSIT", ou seja: "Tudo passa muito rápido!". Uma referência, não há dúvida, à transitoriedade (passagem) das glórias deste mundo...
De Pio XI, é lícito afirmar que ele criou muitas dioceses no Brasil, e foi também quem inaugurou, direto do Vaticano, a estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Um ano antes, em 1930, ele havia declarado Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil.
Faleceu Pio XI na manhã do dia 10 de fevereiro de 1939, quando os "sinais" do início da 2ª Guerra Mundial já eram bem evidentes...

UMA PESQUISA E TEXTO
Osmar Lucena Filho