EX-VIGÁRIOS DE PIQUET CARNEIRO - CE
PE. ALBERTO NEPOMUCENO DE OLIVEIRA
2º VIGÁRIO: DE 6 DE MARÇO DE 1955 até 29 DE JANEIRO DE 1959
PE. ALBERTO NEPOMUCENO DE OLIVEIRA
2º VIGÁRIO: DE 6 DE MARÇO DE 1955 até 29 DE JANEIRO DE 1959
Alberto Oliveira nasceu em Pacatuba, Estado do Ceará, no ano de 1921. Cursou filosofia e teologia no Seminário da Prainha, em Fortaleza. Em 6 de março de 1955 chega a Piquet Carneiro, a fim de suceder o Pe. Antônio Pinheiro Freire, no cargo de Vigário da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, nomeado, que foi, por Dom Antônio de Almeida Lustosa, na época arcebispo de Fortaleza. De próprio punho, Pe. Alberto Oliveira assim se refere à sua vinda para Piquet Carneiro, e às impressões colhidas do seu primeiro contato com a paróquia local, no ano de 1955. Uma verdadeira relíquia do nosso passado religioso, que vale a pena ser aqui registrada! Veja-se: "Tomei posse da Paróquia de Piquet Carneiro, a 6 de março de 1955. Encontrei uma paróquia bem organizada, em todos os pontos, graças ao trabalho apostólico do primeiro vigário. Bem florescentes, as associações religiosas, na sede e nas capelas. Encontrei um povo bom e vontadoso, disposto a colaborar em todas as iniciativas do vigário. O povo tem bom espírito. A piedade em Piquet Carneiro (na matriz) é boa. Quase que a totalidade dos fiéis assisti à missa aos domingos. (...) Encontrei, também, boa piedade nas capelas, máxime em São Bernardo (ndr: hoje, Irapuan Pinheiro). Em Mulungu, encontrei um surto de protestantes, presbiterianos; em Ibicuã, igualmente, uns seis. (...) As primeiras sextas-feiras, na matriz, são concorridas, havendo muitas comunhões. A devoção dominante é ao Sagrado Coração de Jesus. O Apostolado da Oração, muito florescente. Os Vicentinos realizam um belo e organizado serviço de caridade. O Círculo Operário presta aos sócios uma louvável assistência, graças à dedicação e ao zelo da diretoria, que tem, à sua frente, liderando os movimentos, o sr. João Marques da Silva (seu Joca). Piquet Carneiro tem um Círculo Operário!." (Cf. Livro do Tombo - Paróquia de Piquet Carneiro - pág. 13 - Tomo I).
Na mesma fonte, isto é, o Livro do Tombo, encontramos um resumo, ano após ano, deixado pelo Pe. Alberto Oliveira, de seus feitos à frente da Paróquia de Piquet Carneiro. Resumo, diga-se de passagem, não apenas sob o ponto de vista do religioso, mas há também enfoque a aspectos de natureza política e social. Veja-se:
1955: "Em 1955, tive um ano normal. Houve inverno. Um novenário muito concorrido, por ocasião das solenidades do Padroeiro (ndr: Sagrado Coração de Jesus!). Dividi as páscoas em quatro classes: as crianças, as moças, as mulheres e os homens. Cada classe teve o seu retiro e o seu pregador próprio. Isto, na sede. Foi feita a desobriga, em vários dias, em cada uma das capelas, tendo sempre o vigário muito trabalho de confissões, exceto em Mulungu, cujo povo se desloca procurando, de preferência, desobrigar-se na matriz, por causa, talvez, da ajuda de um confessor extraordinário, e por ser muito perto da sede."
1956: "O ano de 1956 foi semelhante ao anterior no movimento paroquial. Houve um grande inverno e uma safra de algodão surpreendente. A ajuda que os paroquianos deram aos trabalhos paroquiais foi magnifífica e com a ajuda do povo muito se pôde fazer."
1957: "Durante o ano de 1957, obedeci o mesmo programa de páscoas, de desobrigas, de festas religiosas. Da parte dos fiéis, as mesmas intenções e resultado. Durante o mês de dezembro, recebemos a visita dos missionários lazaristas que estiveram em Ibicuã, São Bernardo e na Matriz. Missões em 1957: Em Ibicuã, de 3 a 9 de dezembro: 2.391 comunhões; Em São Bernardo: de 10 a 17 de dezembro: 3.658 comunhões. Em Piquet Carneiro: de 18 a 24 de dezembro: 2.674 comunhões. Estas MISSÕES foram realizadas pelos revmos. padres João Alberto, Teodoro e André, todos lazaristas."
1958: "1958 fica na retentiva dos homens de Piquet pelo flagelo da seca com que martirizou estes sertões. Um ano difícil, de sofrimento, de nenhuma safra, de carência absoluta de gêneros, de muita fome, de debandadas, retiradas em massa para o extremo-norte ou o extremo-sul. A jovem cidade (P. Carneiro passou à cidade em 11 de agosto de 1957) despovoou-se a olhos vistos. As autoridades competentes, com um certo atraso, ofereceram trabalhos públicos: rodovias e ramal ferroviário para assistir aos pobres flagelados. O flagelo da seca, no território desta paróquia, comportava uma página. Eu digo tudo, dizendo que a seca de 58, em Piquet Carneiro, foi uma calamidade pública."
Pe. Alberto Oliveira concluiu os trabalhos de reforma e ampliação da matriz, com as construções, respectivamente, da TORRE, em 1956, e do ALTAR-MOR, solenemente consagrado em 27 de outubro de 1957.
VIDA ACADEMICISTA E CARGOS EXERCIDOS NA VIDA PÚBLICA: Pe. Alberto é Licenciado em Pedagogia, Direito e Filosofia. Fez pós-graduação na Itália, e mestrado na França. Foi diretor de dois colégios do estado e membro do Conselho Estadual de Educação. Por concurso público, tornou-se professor do Liceu e da Universidade Estadual do Ceará. Ocupou as funções de Presidente da FUNABEM, secção do Ceará, e da Fundação Educacional de Fortaleza. Membro da OAB e da ACI. Pertenceu à Assessoria Especial da Governadoria e à Procuradoria Judicial do município de Fortaleza.
LIVROS PUBLICADOS: Juventude, Crise e Educação; Droga - Perigo Nacional; Ressonâncias - poesias; Organizar para servir; Sociologia da Comunicação Social; Educação Permanente; Pedaços de uma vida (autobiografia); A Cigana Disse (romance - em preparo); Israel, Sua História e Seu Povo.
Reside em Fortaleza.
UMA PESQUISA E TEXTO:
Prof. Osmar Lucena Filho
FONTES DE CONSULTA:
"Israel: Sua História e Seu Povo", livro de autoria de Alberto Nepomuceno de Oliveira. Imprensa Oficial do Ceará - IOCE, 1989.
Livro do Tombo da Paróquia de Piquet Carneiro - TOMO I: 1948 - 2006.
Na mesma fonte, isto é, o Livro do Tombo, encontramos um resumo, ano após ano, deixado pelo Pe. Alberto Oliveira, de seus feitos à frente da Paróquia de Piquet Carneiro. Resumo, diga-se de passagem, não apenas sob o ponto de vista do religioso, mas há também enfoque a aspectos de natureza política e social. Veja-se:
1955: "Em 1955, tive um ano normal. Houve inverno. Um novenário muito concorrido, por ocasião das solenidades do Padroeiro (ndr: Sagrado Coração de Jesus!). Dividi as páscoas em quatro classes: as crianças, as moças, as mulheres e os homens. Cada classe teve o seu retiro e o seu pregador próprio. Isto, na sede. Foi feita a desobriga, em vários dias, em cada uma das capelas, tendo sempre o vigário muito trabalho de confissões, exceto em Mulungu, cujo povo se desloca procurando, de preferência, desobrigar-se na matriz, por causa, talvez, da ajuda de um confessor extraordinário, e por ser muito perto da sede."
1956: "O ano de 1956 foi semelhante ao anterior no movimento paroquial. Houve um grande inverno e uma safra de algodão surpreendente. A ajuda que os paroquianos deram aos trabalhos paroquiais foi magnifífica e com a ajuda do povo muito se pôde fazer."
1957: "Durante o ano de 1957, obedeci o mesmo programa de páscoas, de desobrigas, de festas religiosas. Da parte dos fiéis, as mesmas intenções e resultado. Durante o mês de dezembro, recebemos a visita dos missionários lazaristas que estiveram em Ibicuã, São Bernardo e na Matriz. Missões em 1957: Em Ibicuã, de 3 a 9 de dezembro: 2.391 comunhões; Em São Bernardo: de 10 a 17 de dezembro: 3.658 comunhões. Em Piquet Carneiro: de 18 a 24 de dezembro: 2.674 comunhões. Estas MISSÕES foram realizadas pelos revmos. padres João Alberto, Teodoro e André, todos lazaristas."
1958: "1958 fica na retentiva dos homens de Piquet pelo flagelo da seca com que martirizou estes sertões. Um ano difícil, de sofrimento, de nenhuma safra, de carência absoluta de gêneros, de muita fome, de debandadas, retiradas em massa para o extremo-norte ou o extremo-sul. A jovem cidade (P. Carneiro passou à cidade em 11 de agosto de 1957) despovoou-se a olhos vistos. As autoridades competentes, com um certo atraso, ofereceram trabalhos públicos: rodovias e ramal ferroviário para assistir aos pobres flagelados. O flagelo da seca, no território desta paróquia, comportava uma página. Eu digo tudo, dizendo que a seca de 58, em Piquet Carneiro, foi uma calamidade pública."
Pe. Alberto Oliveira concluiu os trabalhos de reforma e ampliação da matriz, com as construções, respectivamente, da TORRE, em 1956, e do ALTAR-MOR, solenemente consagrado em 27 de outubro de 1957.
VIDA ACADEMICISTA E CARGOS EXERCIDOS NA VIDA PÚBLICA: Pe. Alberto é Licenciado em Pedagogia, Direito e Filosofia. Fez pós-graduação na Itália, e mestrado na França. Foi diretor de dois colégios do estado e membro do Conselho Estadual de Educação. Por concurso público, tornou-se professor do Liceu e da Universidade Estadual do Ceará. Ocupou as funções de Presidente da FUNABEM, secção do Ceará, e da Fundação Educacional de Fortaleza. Membro da OAB e da ACI. Pertenceu à Assessoria Especial da Governadoria e à Procuradoria Judicial do município de Fortaleza.
LIVROS PUBLICADOS: Juventude, Crise e Educação; Droga - Perigo Nacional; Ressonâncias - poesias; Organizar para servir; Sociologia da Comunicação Social; Educação Permanente; Pedaços de uma vida (autobiografia); A Cigana Disse (romance - em preparo); Israel, Sua História e Seu Povo.
Reside em Fortaleza.
UMA PESQUISA E TEXTO:
Prof. Osmar Lucena Filho
FONTES DE CONSULTA:
"Israel: Sua História e Seu Povo", livro de autoria de Alberto Nepomuceno de Oliveira. Imprensa Oficial do Ceará - IOCE, 1989.
Livro do Tombo da Paróquia de Piquet Carneiro - TOMO I: 1948 - 2006.
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