domingo, 11 de julho de 2010

CRONOLOGIA ECLESIÁSTICA DA DIOCESE DE IGUATU – PARTE 2
De 1971 a 1974
Dados coligidos pelo Prof. Osmar Lucena Filho

ANO DE 1971

FEVEREIRO - O vigário da então Sé Catedral de Senhora Santana, Iguatu, Pe. José Gonçalves Landim, concede entrevista ao Boletim da Diocese, na qual revela o “golpe” dado pelo italiano Franco Romano, no que tange “ao furto da preciosa imagem de Senhora Santana”, peça sacra de um metro de altura, feita de madeira, estilo barroco, verdadeira “relíquia” da fé e da devoção dos iguatuenses pela Mãe de Nossa Senhora.
ABRIL – No dia 18, a imagem de Senhora Santana, há mais de 200 anos “silenciosa testemunha da História religiosa de Iguatu” é recebida triunfalmente , depois de ter sido recuperada do furto de que foi “alvo”, pelas mãos abomináveis de Franco Romano. O Boletim da Diocese, em sua edição 12, de 30.04.1971, assim faz menção aos fatos: “No aeroporto (Fortaleza), à frente da expressiva multidão, estavam Dom Mauro, o Prefeito Erasmo e o Pe. Landim. No dia 18 a imagem foi conduzida a Iguatu, por terra. Por volta das 15:30 hs ela deixava Acopiara, acompanhada por vários carros. No sítio Retiro (limite do município de Iguatu) um carro-andor a aguardava. Iniciou-se, ali, a procissão de veículos, calculados em mais de 200. Desde a Praça do Truçu até a Praça Pedro II, a multidão aguardava à margem da estrada e nas calçadas a passagem do carro-andor, um jeep aberto, adornado, em que a imagem ladeada pelo bispo diocesano, prefeito municipal e delegado de Campinas-SP, foi solenemente introduzida e nossa cidade. Ás 18h, atravessando a multidão aglomerada na praça, à luz dos refletores da TV, o Pe. Landim conduziu a imagem ao palanque. Após os discursos, procedeu-se à coroação. Foram postas duas coroas de ouro sobre as cabeças de Santana e de Maria em seus braços. Dom Mauro encerrou a cerimônia com uma missa campal.”
MAIO – Nos dias 18 e 19, animadores de CEBs, das Paróquias de Pedra Branca e Mineirolândia reúnem-se para discutir e avaliar como vem sendo realizada a celebração do “Dia do Senhor” . A intenção é “avivar mais a liturgia do encontro dos que não tem missa, refletindo sobre os problemas sociais, à luz da Fé”.

Dia 14: Em decorrência dos oitenta anos da célebre Encíclica Social Rerum Novarum, de Leão XIII, o Papa Paulo VI emite a Carta Apostólica OCTOGESIMA ADVENIENS (Chegando ao 80º aniversário), ampliando, assim, os horizontes da Doutrina Social da Igreja Católica.

JULHO – de 5 a 10, acontece o RETIRO DO CLERO, no Centro Diocesano de Pastoral, com meditações apresentadas por Dom Antônio Batista Fragoso, Bispo Diocesano de Crateús.
SETEMBRO – Entre os dias 5 e 7, a Paróquia de São João Batista, município de Cedro, celebra seu jubileu áureo de instituição canônica. É vigário, na ocasião, o Mons. Antônio Vieira Costa. A missa em ação de graças foi presidida por Dom Mauro, cuja homilia centrou-se neste tema: TOMADA DE CONSCIÊNCIA DE UMA COMUNIDADE CRISTÃ.
Dia 30: Abre-se, no Vaticano, o 2º Sínodo episcopal, que se ocupa do tema: a Justiça no Mundo e o Sacerdócio Ministerial
ANO DE 1972
Fevereiro – A CNBB lança oficialmente mais uma Campanha da Fraternidade; desta vez, com o tema: FRATERNIDADE E SERVIÇO, e, como lema: DESCUBRA A FELICIDADE DE SERVIR.
Novembro – Reunidos, de 24 a 25/11, na cidade de Crato, os bispos do Ceará (Regional Nordeste 1 da CNBB) ocupam-se do tema “PASTORAL VOCACIONAL”. Na ocasião, o secretário do RN-1, Dom Miguel Fenelon Câmara, anunciou a “reabertura” do SEMINÁRIO REGIONAL DE FORTALEZA.
ANO DE 1973
MARÇO – Dia 19 – Após bela e notável reforma, acontece, a igreja matriz de Mombaça é “dedicada/consagrada” ao Senhor. O então vigário, Pe. José Doth de Oliveira, mandou publicar um cartão-lembrança do fausto acontecimento, com estes dizeres: “O POVO CRISTÃO DE MOMBAÇA, ASSISTIDO POR DOM JOSÉ MAURO, CELEBROU A SAGRAÇÃO DE SUA IGREJA MATRIZ, A 19 DE MARÇO DE 1973. A VISÃO DESTE TEMPLO NOS LEMBRE QUE, SENDO MUITOS, FORMAMOS UM SÓ CORPO, A FAMÍLIA DO SENHOR, SUA IGREJA. A GRAÇA SEJA CONVOSCO! PE. DOTH.” Por um registro deixado, de próprio punho, pelo Pe. Doth, no Tombo Paroquial, são identificados os sacerdotes (e respetivas paróquias) que concelebraram a Santa Missa, naquele 19 de março festivo para o povo mombacense. Ei-los: Mons. Antônio Costa (Cedro), João Stiker (Jucás), Geraldo Slag (Saboeiro), Antônio Branagan (Prado, Iguatu), Joaci Cavalcante (Senador Pompeu), Crisares Sampaio Couto (Acopiara), Marcelo (Prado, Iguatu) e Afonso Queiroga da Silva (Mombaça).
ABRIL – No dia 16, falece o Pe. Patrício Fitzgerald, redentorista, de origem irlandesa. Era integrante da comunidade dos padres que serviam à Paróquia do Prado (Iguatu). Sua vida, “edificante no serviço à Igreja”, foi ceifada pelas águas revoltas do Rio Jaguaribe. Uma nota publicada no Boletim da Diocese, edição 36, de 29.04.1973, relata, sobre o serviço ministerial de Pe. Patrício, em Iguatu, quanto segue: “O marco de sua passagem em nossa Diocese foi o acendrado amor à Juventude a quem se dedicou com desvelados cuidados e com que encerrou sua peregrinação terrena num retiro espiritual de que participaram 30 jovens, no Domingo de Ramos.”
JULHO – Dia 7. Acompanhado de Mons. Antônio Alves, de Pe. Geraldo Slag (vigário) e de membros da Equipe Diocesana, Dom Mauro inicia um período de Visita Pastoral à Paróquia de Saboeiro. A “agenda” das atividades contempla, como sempre, além da sede paroquial, as Comunidades Eclesiais de Base. Assim, o Bispo Diocesano vai à Várzea do Ferreira, ao Flamengo, a São José e à Barrinha.
AGOSTO – Dia 23: Sendo Vigário o Pe. Geraldo Dantas, a Comunidade Paroquial de Pedra Branca celebra sua primeira centúria de instituição. Pedra Branca tornou-se sede de paróquia em 1873, por DECRETO de Dom Joaquim José Vieira (2º bispo do Ceará). O ponto alto das comemorações foi a Missa em Ação de Graças, sob a presidência de Dom Mauro.
SETEMBRO – Dia 6: Dom Mauro conclui sua Visita Pastoral à Paróquia de Milhã, aonde chegara no dia 30 de agosto, em companhia de Mons. Antônio Alves, Pe. Francisco das Chagas e demais membros da Equipe Diocesana (Setor das Visitas Pastorais).
NOVEMBRO – Condado, comunidade rural de Mombaça, sedia mais um Curso de Promoção Humana, sob a coordenação do Pe. Afonso Queiroga da Silva e equipe diocesana. O curso em apreço contou também com a colaboração do Dr. Roberto Diógenes e da Ir. Tereza Cristina (da maternidade Ana Aderaldo Castelo).
DEZEMBRO – No dia 5, a Diocese de Iguatu congratula-se com seu Bispo Diocesano, Dom Mauro, por ocasião das bodas de prata de sua ordenação presbiteral. Ao então vigário de Mombaça, Pe. José Doth, coube, em um jantar festivo, a tarefa de saudar o anfitrião, em nome do clero da Diocese.
Ainda no mês de dezembro/73, de 10 até 13, aconteceu, no Diocesano, a VIII ASSEMBLEIA DIOCESANA DE PASTORAL. As linhas prioritárias dos trabalhos desta 8ª Assembleia foram estas: CATEQUESE, DIA DO SENHOR, PASTORAL DA JUVBENTUDE, PASTORAL DO BATISMO, MOVIMENTOS APOSTÓLICOS E FORMAÇÃO DE LÍDERES.
Outros temas abordados: VISITAS PASTORAIS, FESTAS DOS PADROEIROS, PASTORAL VOCACIONAL E PASTORAL FAMILIAR.
A noticia da Assembleia Diocesana de nº 8 ganhou espaço na página 2 do Boletim da Diocese, edição de 30.12.1973, cujo texto encerra-se assim: “Conforta-nos ver o esforço realizado Mneste ano que termina (1973) e esperamos que o Espírito Santo nos dê as luzes necessárias para vermos sempre claro o caminho a percorrer e, com otimismo, realizar o nosso trabalho em 1974.”
Dia 27 – Chegada das Irmãs Josefinas à Paróquia de Cariús: Ir. Alda, Ir. Maria Félix, Ir. Ana Maria e Ir.Consuelo. À solenidade de intalação da Comunidade supracitada participam o Sr. Bispo Diocesano, Dom Mauro, e Dom Gerardo Villeville, vigário das religiosas, e, também, a Ir. Rosita Paiva, então Superiora Geral das Josefinas.

ANO DE 1974

FEVEREIRO
Dia 2 – Paulo VI subscreve a Exortação Apostólica MARIALIS CULTUS (O Culto à Maria), “ PARA A RETA ORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO CULTO À BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA”
MARÇO
Dia 3: Tranferência de responsabilidade na Paróquia de Senhora Santana, então Sé Catedral: Ao Pe. José Gonçalves Landim sucede o Pe. José Fernandes de Oliveira.
Março de 1974 entraria para o elenco das grandes enchurradas que, de vez em quando, martirizam nossos sertões.
Com a competência que lhe é peculiar, no que tange ao trato com nosso idioma, Dom Mauro registra as cenas “dantescas”, oriundas daquela calamidade pública, isto é, das enchentes de 1974. Com efeito, em seu editorial, sob o título “O balanço das enchentes”, para a edição 48 do Boletim, que circulou em 30 de abri, ele escreve: ‘’Iguatu não terá saudades do inverno de 1974. Até que se recupere dos prejuízos que lhe causaram as grandes enchentes lutará ainda muito tempo. (...) 2.402 hectares de campos plantados se perderam. 119.319 metros de cerca sumiram. 1.300 fardos de algodão ficaram arruinados em duas de nossas principais industrias. Toneladas de arroz e milho a serem beneficiadas para o consumo apodreceram. 1.300 casas aproximadamente ruira na cidade e no campo, ficando seus moradores, em número de 7.800 ao desabrigo, com suas parcas economias prejudicadas, suas vidas desorientadas, desorganizadas. Durante esses dias fizemos constatações que valeram por maduras reflexões. Vimos como o poder do homem é débil, ineficaz, diante dos elementos da natureza em fúria. Como nossa região está ainda desestruturada, desguarnecida até dos meios de informação! Para toda a vasta área dos Inhamuns somente funcionou um serviço de SSB em Aiuaba. Arneiroz, Saboeiro e Jucás estavam naqueles duros instantes sem telégrafo e sem estradas. Não fora a abnegação de Padre João Sticker, vigário de Jucás, no pequeno avião de suas atividades pastorais, sobrevoando a área e nos informando sobre o ímpeto das águas dos Rios Cariús e Jaguaribe, não teríamos podido acautelar a população aflita, pelos microfones da Rádio Iracema no seu admirável papel de comando das informações. Inestimável foi o trabalho da REFESA pelo telegrafista Salustriano, de Cariús, em comunicação permanente com Wilson e Javiel, em Iguatu. (...) Passado o auge do flagelo, já agora caminha às mãos do Ministro Maurício Rangel Reis, relatório subscrito pelas autoridades de Iguatu, pedindo providências que assegurem nossa tranquilidade, protegendo-nos contra próximas inundações.”

JUNHO
Dia 13 – O Hospital Santo Antônio dos Pobres, em Iguatu, celebra o 50º aniversário de sua fundação. Como “ponto central” das comemorações, houve a Santa Missa em Ação de Graças, sob a presidência do Mons. Antônio Alves de Oliveira.

JULHO
De 8-11, no Diocesano, 56 líderes de diversas comunidades participam de um Curso Bíblico
De 19 a 22: Curso sobre Igreja e Catequese. 70 participantes. Local: Diocesano. Assessoria: Irmãs Inês Barros Lima e Maria Lúcia. Seguiu-se este esquema de discussão grupal: Por que catequisamos? Para que catequisamos? O que fazemos catequisando? Como catequisamos? A quem catequisamos?
AGOSTO
Dia 14 – Em Carpina-PE, falece, plácida e santamente, Dom Antônio de Almeida Lustosa, SDB, antigo arcebispo metropolitano de Fortaleza, que teve o mérito de presidir à instalação da Diocese de Iguatu em 1962.
Dia 21 – A cidade de Iguatu completa cem anos. Dom Mauro reporta-se ao evento em seu editorial, na edição 52, do Boletim diocesano (31 de agosto).
Dia 25 – A Paróquia do Prado comemora sua 1ª década de fundação.
SETEMBRO
Visita Pastoral em Mombaça. Acompanham Dom José Mauro os reverendos padres José Doth (vigário) e Afonso Queiroga (coadjutor) e as irmãs Marlise e Antônia Tereza.
Dia 27 – Inicia-se, no Vaticano, o 3º Sínodo dos Bispos, com tema voltado para “a evangelização no mundo contemporâneo.”
OUTUBRO
Dia 26 – Missa, sob a presidência do Papa Paulo VI, na Basílica de São Pedro (Vaticano), põe feliz termo aos trabalhos sinodais.
NOVEMBRO
De 4 a 10, Dom Mauro realiza Visita Pastoral em Piquet Carneiro. Séquito episcopal: Mons. Antônio Alves de Oliveira (Vigário Ecônomo de Piquet Carneiro), Pe. Francisco das Chagas e as religiosas Maria Lúcia e Antônia Tereza.

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